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Liberdade política com centralização administrativa?: Uma comparação entre as interpretações de Tocqueville e Guizot sobre a Revolução Francesa

Processo: 12/20299-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2013
Data de Término da vigência: 07 de julho de 2015
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Teoria Política
Pesquisador responsável:Eunice Ostrensky
Beneficiário:Felipe Freller
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):13/10776-6 - O lugar da centralização administrativa na interpretação da Revolução Francesa de François Guizot, BE.EP.MS
Assunto(s):Centralização administrativa   Liberdade política   Revolução Francesa
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:centralização administrativa | Guizot | Liberdade política | Revolução Francesa | Tocqueville | Teoria Política Moderna

Resumo

O objetivo da pesquisa proposta é comparar duas interpretações da Revolução Francesa empreendidas no século XIX: a de François Guizot e a de Alexis de Tocqueville. O ponto de partida é a sugestão de Pierre Rosanvallon de que Guizot apresenta uma recomposição liberal (não mais revolucionária) do projeto jacobino de erradicar as antigas liberdades locais e corpos intermediários e de garantir a liberdade por meio de um governo central que, dado seu caráter representativo, não precisa mais das antigas garantias "aristocráticas" contra o despotismo. Com base nisso, a hipótese de trabalho proposta é que a principal divergência entre as avaliações da Revolução Francesa dos dois autores reside na crítica de Tocqueville a esse "liberalismo jacobino" de Guizot e a sua apologia da centralização. Nesse sentido, a crítica do autor de O Antigo Regime e a Revolução ao projeto revolucionário de "misturar ao mesmo tempo uma centralização administrativa sem limites e um corpo legislativo preponderante" (TOCQUEVILLE, 2009, p. 185) pode ser compreendida também como uma crítica ao projeto político de Guizot. Por outro lado, a pesquisa também se propõe a examinar em que medida Tocqueville assimilou de Guizot o componente de continuidade na conceitualização da Revolução Francesa. Ao seguir o autor de Histoire de la Civilisation en Europe na compreensão da Revolução Francesa como um coroamento de um processo muito mais longo de centralização e nivelamento das condições, Tocqueville pode estar endossando a crítica de Guizot aos conservadores e seu projeto de restaurar uma sociedade aristocrática já condenada pela marcha da História.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
FRELLER, Felipe. Guizot, Tocqueville e os princípios de 1789. 2015. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.