Práticas esportivas dissonantes nas antinomias entre jogo e anti-jogo: considerações antropológicas

• Processo: 13/00047-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2013
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Luiz Henrique de Toledo
• Beneficiário: Wagner Xavier de Camargo
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Estudos de gênero Jogos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Anti-Jogo | Esporte LGBT | Esporte Paraolímpico | Estudos de Gênero | Jogo | Práticas Esportivas Dissonantes | Antropologia dos Esportes ou das Práticas Esportivas

Resumo

Em fins do século XX, o esporte moderno se esfacelou em múltiplas expressões em consequência da reivindicação de "minorias" políticas, oriundas dos processos de descolonização. Dentre tais expressões, surgem as competições esportivas de atletas "com deficiência" (Jogos Paraolímpicos) e torneios onde lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros/as (LGBT) competem entre si (Gay e OutGames). Este projeto de pós-doutorado parte de etnografias multilocais nesses jogos e propõe reconsiderações sobre corpos e práticas por meio do que denomino práticas esportivas dissonantes. O principal desafio científico é discutir em que medida tais práticas se caracterizam como "práticas do anti-jogo", negativas do estabelecido, disruptivas do normativo, e propositivas de novas dimensões agregadas ao sistema esportivo mainstream. A contribuição da pesquisa consiste na problematização do jogo (enquanto conceito), a fim de pensar antropologicamente em que medida as práticas esportivas dissonantes estariam nele imiscuídas/representadas. Assim, é preciso determinar onde se encontram tais práticas nas antinomias entre jogo e anti-jogo, a fim de descrever até que ponto o que se viabiliza são outras possibilidades de esporte. Ademais, abre-se a oportunidade de (re)discutir no esporte categorias como sexo/gênero, eficiência/deficiência, sexualidade/erotização, assujeitamento/subversão.