Economia brasileira no período recente: um estudo das mudanças no comércio exterior e na produção industrial

• Processo: 13/05464-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2013
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2015
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Economia - Economia Industrial
• Pesquisador responsável: Daniela Magalhães Prates
• Beneficiário: Carolina Troncoso Baltar
• Instituição Sede: Instituto de Economia (IE). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Comércio exterior Investimentos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: comércio exterior | Crescimento do PIB | Crescimento Industrial | Investimento | Crescimento do PIB e da Manufatura

Resumo

A economia brasileira passou por um período de crescimento relativamente intenso de 2004 a 2008, gerando expectativas positivas sobre sua trajetória futura. Contudo, esse cenário favorável foi alterado pela crise financeira global que eclodiu em 2008. Apesar da sua rápida recuperação, o Brasil tem apresentado dificuldades para retomar o crescimento nos patamares verificados entre 2004 e 2008 e as expectativas não são de ritmo muito maior no futuro próximo. O propósito desta pesquisa é fornecer uma explicação para as dificuldades enfrentadas pela economia brasileira para retomar e manter o crescimento do PIB após a crise financeira e econômica global de 2008 em patamar semelhante ao verificado no período 2004-2008. A hipótese é que as dificuldades de retomada do crescimento estão relacionadas ao crescimento mais baixo da produção manufatureira, dado que a relação entre os crescimentos do PIB e da indústria tem se alterado desde as aberturas comercial e financeira. O bom desempenho no período 2004-2008 foi logrado com uma expansão da produção manufatureira em ritmo mais baixo que a do PIB, um fenômeno bastante diferente do verificado no período de industrialização do país (de 1930 a 1980). Taxas de crescimento da produção manufatureira inferiores ao crescimento do PIB também se verificaram no período após a crise de 2008. Nesse sentido, a retomada de taxas mais altas de crescimento econômico provavelmente exigirá mudanças na composição do crescimento, isto é, nas suas fontes do dinamismo. Além disso, a redução da atividade econômica nos países mais afetados pela crise foi acompanhada por um acirramento da competição entre os produtores mundiais pelos mercados dos países menos afetados pela crise (de forma geral, as economias emergentes), com repercussões no comércio internacional. Assim, para entender as dificuldades da retomada do crescimento econômico doméstio, a pesquisa propõe analisar as mudanças no comércio exterior e na produção manufatureira brasileira desde 1999. O estudo é dividido em três partes. A primeira analisa as mudanças no comércio exterior brasileiro, identificando os setores responsáveis pela sua melhora entre 2003-2007, bem como o seu desempenho após a crise mundial de 2008. A segunda parte avalia as mudanças na produção manufatureira do Brasil e o papel das importações em cada setor, identificando os custos de importação e o papel da taxa de câmbio. A terceira parte analisa, com base num modelo econômico, o comportamento do investimento e seus principais determinantes no período 1999-2011.