Resumo
A espécie Anacardium occidentale L., conhecida como "caju", "acaju" e "cacaju", é usada na medicina popular para o tratamento de úlceras bucais e pépticas, distúrbios intestinais, dispepsia, asma, diabetes, dor de garganta, bronquite, asma, diarréia, doenças inflamatórias, como adstringente, tônico e no tratamento de úlceras de Leishmania. O potencial antiinflamatório e analgésico são algumas das propriedades biológicas de A. occidentale que foram comprovadas em estudos farmacológicos. Contudo, outros usos potenciais desta espécie ainda precisam ser investigados, como por exemplo, a avaliação da atividade esquistossomicida. No nosso grupo de pesquisa foram realizados estudos in vitro frente aos vermes adultos de Schistosoma mansoni, e os resultados obtidos com o extrato etanólico da castanha foram muito promissores (nas concentrações de 50 e 25 µg/mL o extrato causou a morte de 100% e 25% dos parasitos em 24 h, respectivamente, com um IC50 de 12,48 µg/mL nas células normais de fibroblastos de pulmão humano). A. occidentale figura na lista das 71 plantas de interesse do SUS, por isso da importância do desenvolvimento e validação de um método analítico para o controle de qualidade destes extratos, que inclusive são de venda livre em sites de ervas medicinais. Assim, a proposta deste projeto é realizar estudos visando isolar e identificar os componentes de interesse do extrato etanólico da castanha, bem como desenvolver e validar um método analítico por CLAE-DAD para ser utilizado no controle de qualidade desta espécie vegetal, além de contribuir com a formação de recursos humanos e com o Programa de Pós-graduação em Ciências da UNIFRAN (áreas de concentração: Química e Química Biológica, CAPES: conceito 5).
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