Rousseau e Diderot face à história natural

• Processo: 13/23233-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2014
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2014
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Pedro Paulo Garrido Pimenta
• Beneficiário: Pedro Paulo Garrido Pimenta
• Pesquisador Anfitrião: Laurent Jaffro
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França
• Assunto(s): Filosofia moderna História natural
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: descrição | Forma | História Natural | nomenclatura | HIstória da Filosofia Moderna

Resumo

Trata-se de examinar, a partir de certos textos de Diderot e de Rousseau, aspectos determinados da relação entre filosofia e história natural. No século dezoito, essa relação passa necessariamente por uma tomada de posição no embate entre Buffon e Lineu a propósito da nomenclatura como método de classificação, duramente criticado por Buffon e mantido com firmeza por Lineu. Independentemente do resultado dessa querela e de seus desdobramentos para a constituição de uma ciência dos seres vivos, ela tem um interesse central para os filósofos, na medida em que o problema da nomeação dos seres vivos remete diretamente ao problema da abstração, ou seja, da relação entre impressões do sentido, ideias e nomes. Os naturalistas estão de acordo que os nomes operam a generalização das ideias, e permitem classificar e ordenar os seres naturais num sistema; resta saber qual a melhor maneira de fazê-lo. Rousseau toma o partido de Lineu, e, propondo um desdobramento inusitado da taxonomia, encontra no estudo da botânica uma via possível de ligação entre o homem e natureza; Diderot concorda com Buffon, mas extrapola as considerações teóricas deste para propor um sistema em que a ordem da natureza aparece como fluxo e onde a forma é sempre precária e transitória. (AU)