Espetáculo ordinário, poética moral e poder do estado na interpretação dos costumes: singularidades de representação entre França e Brasil

• Processo: 15/03326-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2015
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
• Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
• Pesquisador responsável: Maria Stella Martins Bresciani
• Beneficiário: Denise Scandarolli Inacio
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): História cultural Artes Teatro Moral Representação (artes)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arte | cultura | moral | Opéra-comique | Representação | Vaudeville | História Cultural

Resumo

Este projeto visa estudar a interpretação dos costumes presente nas obras de dois gêneros teatrais provenientes das feiras parisienses, o vaudeville e o opéra-comique, em um período que vai de 1714, quando Catherine Baron e Gauthier de Saint-Edme obtêm a autorização para abrir seu espetáculo com o nome de Opéra-Comique, até 1848, ano em que a Compagnie Lyrique Française deixou de se apresentar nos teatros do Rio de Janeiro. O objetivo é compreender os mecanismos de regulação da moral que o Estado lança mão por meio da censura institucionalizada, os quais recaíram sobre esse veículo popular de sátira social e, em contrapartida, como a poética dessas obras reelaboram as representações do cotidiano, na situação de coação da censura. Da mesma forma, busca entender as singulares concepções de moral entre França e Brasil, no processo de autorização ou veto da apresentação das mesmas peças. O que era possível de ser apresentado ao público ou não, nos dois países, e os processos de transformação da consciência daquilo que deveria ser proibido nas obras são pontos de interesse fundamental neste projeto, assim como o processo inverso trazido pelo veto, a criação de um modelo, da percepção exata do decoro por estas sociedades. (AU)