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Tratamento não cirúrgico do cisto sinovial dorsal no punho: ensaio clínico randomizado comparando punção aspirativa versus punção aspirativa e infiltração de corticoide

Processo: 15/00162-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2016
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2017
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Joao Baptista Gomes dos Santos
Beneficiário:Andressa Lohana de Almeida
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Dor   Cisto sinovial
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cirurgia da Mão | Cisto Sinovial | corticoterapia | Dor | infiltração | Punção | Ortopedia e Traumatologia/Cirurgia da Mão

Resumo

O cisto sinovial é o tumor mais frequente na mão e no punho, representando em torno de 70% dos tumores de partes moles encontrados neste segmento do corpo. Trata-se de um tumor benigno, não havendo descrição de malignização na literatura. Clinicamente é, na maioria das vezes, assintomático. Ao exame físico, encontra-se uma massa visível e palpável, de volume e consistência variados e não aderente à pele. A ressecção cirúrgica é considerada o tratamento definitivo para o cisto sinovial, porém pode cursar com injúrias neurológicas e cicatrizes dolorosas. Em virtude disso, os procedimentos não cirúrgicos ganharam adeptos, e são práticas frequentes no tratamento do cisto sinovial do punho. Dentre as opções de tratamento conservador, as mais populares são as aspirações isoladas, ou seguidas de infiltração de corticoides. Na literatura mundial existem diversos artigos publicados a respeito da eficácia desses dois métodos, porém a maioria deles apresenta grande divergência de resultados, além de metodologia pobre. Em virtude dessa lacuna de conhecimento, propomos um estudo prospectivo e randomizado, que avalie a taxa de sucesso desses dois métodos, sendo capaz de afirmar se existe superioridade de um método em relação ao outro. O estudo proposto ganha relevância, pois a utilização do corticoide tinha fundamentação teórica na redução da inflamação. Porém já se afastou a etiologia inflamatória do cisto sinovial. Somado a isso, ainda existe o fato da infiltração de corticoides poder cursar com hipotrofia subcutânea e despigmentação da pele. Logo, se a utilização de corticoide se mostrar clinicamente superior, se justificará sua utilização, caso contrário a aspiração isolada tende a causar menos efeitos colaterais. Assim, nosso objetivo neste estudo é comparar a efetividade do tratamento não cirúrgico do cisto sinovial dorsal de punho com punção aspirativa versus punção aspirativa e infiltração de corticosteroide, quanto ao índice de cura e recidiva dos cistos. A amostra constará de pacientes com cisto sinovial dorsal do punho, único, sem outras lesões desse segmento. O diagnóstico será clínico, sendo realizado de rotina exame físico (palpação) e radiografias (para afastar a presença de cistos intra-ósseos). Os critérios de inclusão são: idade acima de 15 anos, com ausência de outras lesões no punho, sem alergia aos corticoides e que não façam uso crônico de corticoides. Os critérios de exclusão são: idade inferior a 15 anos, história de cirurgia prévia para ressecção de cisto sinovial, presença de cisto sinovial intra-ósseo - ou qualquer outra lesão no punho -, uso crônico de corticoides e/ou alergia a corticoides. Os pacientes serão alocados, de maneira aleatória, em dois grupos: Grupo 1: serão submetidos à punção aspirativa; e Grupo 2: serão submetidos à punção aspirativa seguido de infiltração de corticosteroide. Todos os casos serão tratados no ambulatório, não sendo necessária a internação, nem ambiente cirúrgico para realização dos procedimentos. Quanto ao seguimento, nenhum paciente será imobilizado, e todos terão retornos com uma semana, um mês, dois meses, três meses e seis meses após o procedimento. Em todos os retornos serão avaliadas as queixas álgicas dos pacientes e a recidiva do cisto sinovial. Em caso de recidiva, os pacientes serão interrogados sobre a motivação de realizarem novamente o procedimento realizado. Tanto para o grupo A, como para o grupo B, serão realizados um número máximo de três aspirações e/ou infiltrações, de acordo com a randomização realizada inicialmente, já que a literatura vigente é unânime em afirmar que sucessivos episódios de aspiração do cisto não aumentam a taxa de sucesso dos procedimentos. Todos pacientes preencherão um termo de consentimento livre e esclarecido, e poderão abandonar o estudo, bem como mudar a opção terapêutica, no momento em que assim decidirem. Tais pacientes serão excluídos da amostra final. (AU)

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