Bergson, Canguilhem e o problema da vida

• Processo: 15/19036-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2016
• Data de Término da vigência: 03 de maio de 2020
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - Epistemologia
• Pesquisador responsável: Luiz Benedicto Lacerda Orlandi
• Beneficiário: Rafael Henrique Teixeira
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 18/14343-0 - O vital e o social em Bergson e Canguilhem: e depois..., BE.EP.PD
• Assunto(s): Vida Ciência Conhecimento
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ciência | Conhecimento | Técnica | vida | Filosofia Francesa Contemporânea

Resumo

O objetivo de minha investigação é tratar do problema da vida nas obras de Henri Bergson e de Georges Canguilhem. Pretendo demonstrar as distintas consequências que ambos retiram de um postulado que julgo compartilhado, a saber, que a significação da vida apenas pode ser atingida uma vez admitido que o conhecimento se liga a exigências vitais, exigências que terão sua expressão no momento em que o sujeito do conhecimento toma como objeto a vida. Buscarei elucidar não apenas as diferenças essenciais que se apresentam nas definições bergsoniana e canguilheniana do vital, mas também a dupla maneira pela qual a atividade técnica, ao lado do conhecimento, será enraizada na vida e, sobretudo, o valor distinto que Bergson e Canguilhem reconhecem à ciência quando esta faz da vida seu objeto. Minha hipótese é que Canguilhem, ao mesmo tempo em que toma como ponto de partida uma postura essencial ao pensamento de Bergson em torno da ligação entre vida e conhecimento, acaba por se afastar das resoluções bergsonianas em aspectos decisivos: seja em termos dos contornos da vida que se trata de definir, seja em termos do valor que a ciência guarda na elaboração de um conhecimento acerca da vida que pretende justamente ser imune aos contrassensos inerentes à investida da ciência por sobre os fatos orgânicos.