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A retórica de Humbert Humbert e o paradigma do pé atrás: uma leitura de Lolita, de Vladimir Nabokov

Processo: 16/03970-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2016
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2016
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Jefferson Cano
Beneficiário:Júlia Mota Silva Costa
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):História   Historiografia   Inquéritos e questionários   Análise do discurso   Teoria da estrutura retórica   Machado de Assis
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dom Casmurro | Helen Caldwell | Lolita | Machado de Assis | Vladimir Nabokov | História e Historiografia Literária

Resumo

O presente projeto de iniciação científica desenvolve uma hipótese de leitura do romance Lolita (1955), de Vladimir Nabokov, segundo a qual a narrativa de Humbert Humbert, narrador e protagonista, deve ser entendida antes como uma peça de defesa do que como, nas palavras de John Ray, editor fictício do romance, "um relato trágico que se encaminha, de modo inexorável, rumo à verdadeira apoteose moral". A hipótese parte do paralelo com Dom Casmurro (1899), romance de Machado de Assis, e do estudo que Helen Caldwell desenvolve sobre esta obra em O Otelo Brasileiro de Machado de Assis (1960), no qual a imparcialidade do relato de Casmurro é, pela primeira vez, questionada, e a autora formula a tese de que o romance é uma peça jurídica de acusação. Nesse sentido, identifica-se, principalmente, seis movimentos retóricos no discurso de Humbert Humbert que apontam para seu caráter manipulador e estruturam a argumentação da hipótese que se pretende comprovar, quais sejam, (1) a sugestão de uma condição patológica, (2) a desumanização da "ninfeta", (3) a intertextualidade, (4) a relativização cultural da pedofilia, (5) o remorso e (6) a primazia da arte.

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