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Transcendência de si e o poder gerencialista: sobre as relações de trabalho em organizações multinacionais da Região Metropolitana de São Paulo

Processo: 16/12173-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2017
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Social
Pesquisador responsável:Francisco Hashimoto
Beneficiário:Matheus Viana Braz
Supervisor: Vincent de Gaulejac
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris Diderot - Paris 7, França  
Vinculado à bolsa:15/10143-9 - Da crise no tecido simbólico social à transcendência de si: sobre as relações entre o indivíduo hipermoderno e as organizações estratégicas, BP.MS
Assunto(s):Relações de trabalho
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Organizações multinacionais | Poder gerencialista | Psicossociologia e Sociologia Clínica | Relações de Trabalho | Psicossociologia e Sociologia Clínica

Resumo

A partir dos anos 1970 e 1980, em decorrência, sobretudo, dos processos de internacionalização e fusões empresariais (engendrados no cenário de financeirização da economia), surgiram novas demandas para os sistemas gerenciais organizativos. Protagonizado pelas empresas multinacionais, as novas formas organizacionais e tecnologias produtivas passaram a abandonar modelos de gestão clássicos, verticalizados e tecnocráticos em prol da utilização de modelos de gestão estratégica, pautados no poder gerencialista (pouvoir managérial). Emergia, portanto, um paradigma de gestão participativa, que substituía o "planejamento" pela "estratégia", assim como fazia-se presente a consolidação de um sistema sociopsíquico que visava favorecer a adesão e mobilização psíquica do trabalhador. A energia produtiva e implicação no trabalho, neste reduto, eram logradas por meio de um contrato narcísico com a organização. Todavia, embora o cenário supracitado e este modelo de contrato narcísico pareçam substancialmente coerentes, nos deparamos neste momento com a problemática central deste projeto de estágio e pesquisa. De um lado, o cotidiano organizacional, assim como as ciências gerenciais, apontam que a ideologia e as tecnologias gerencialistas, tais como apresentadas, se revelam amiúde presentes no contexto laboral hipermoderno. Não obstante, de outro lado parece que vivemos um período de transformação no que se refere aos laços psíquicos que são tecidos com a organização, o que incide diretamente nas relações de trabalho estabelecidas. Em pesquisa desenvolvida no Brasil, que fundamenta este projeto de estágio, foram realizadas dez entrevistas com trabalhadores que ocupam posições gerenciais em empresas multinacionais da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Nesse contexo, mediante levantamento bibliográfico e análise documental realizada na biblioteca do Laboratoire du Changement Social et Politique da Université Paris Diderot 7, assim como por meio da participação em Seminários de Pesquisa e Implicação, objetivamos comparar os dados de nossa pesquisa com os dados de pesquisas e intervenções realizadas no Laboratório, de modo a compreender as semelhanças e distinções entre as relações de trabalho em empresas multinacionais no Brasil e na França, representados sobretudo por São Paulo e Paris, respectivamente.

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