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O mal estar na tradição: Vidas Secas e as metamorfoses do sertão

Processo: 16/21431-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2017
Data de Término da vigência: 18 de dezembro de 2020
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Alfredo Cesar Barbosa de Melo
Beneficiário:Felipe Bier Nogueira
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):19/03578-0 - O mal estar na tradição: Vidas Secas e as metamorfoses do sertão, BE.EP.PD
Assunto(s):Realismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:figurações do sertão | Graciliano Ramos | realismo | romance brasileiro | Vidas Secas | Romance brasileiro

Resumo

O projeto de pesquisa propõe um exame a contrapelo das noções de tradição e formação da literatura brasileira através de uma análise das representações do sertão na prosa do país nos séculos XIX e XX, com o foco recaindo em Vidas secas de Graciliano Ramos. Pretende-se mostrar como um retorno à noção de tradição formada, cunhada por Antonio Candido na década de 1950, abre-se a uma ponderação sobre o próprio fazer crítico no período e aponta para um empuxo que reunia literatura e crítica sob o mesmo desejo: a saber, de atravessar as faltas do país em direção a uma modulação da civilização. O empenho, que Candido observa na literatura oitocentista, teria sobrevivido no século seguinte não obstante uma mudança fundamental em seu funcionamento. Haveria, nesta sobrevivência do empenho no século XX, um reposicionamento drástico do desejo formativo diante das matérias sociais que se almejavam atingir: aquilo que a região e o sertão representavam para o século XIX - o estranho que repousava no horizonte da civilização - teria passado ao centro dos problemas literários do século XX, abalando a própria sustentação do desejo de formar-se enquanto civilização. Sugere-se assim o estudo deste mal-estar na tradição como chave de entendimento dos anseios da crítica e da literatura do período; tenciona-se, para além disso, um novo entendimento da função essencial que a representação do sertão exerce no interior do corpo complexo da forma brasileira. (AU)

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