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Medo e segregação na cidade: sociabilidades em jogo em um contexto de enclaves fortificados

Processo: 17/20389-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2018
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2019
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Planejamento Urbano e Regional - Fundamentos do Planejamento Urbano e Regional
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Tomás Antonio Moreira
Beneficiário:Rafael Baldam
Instituição Sede: Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Sociabilidade   Segregação urbana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Enclaves fortificados | medo urbano | sociabilidades | Teoria de urbanização

Resumo

Esta proposta de pesquisa parte do entendimento de dinâmicas de segregação e auto-segregação, que tomaram forma em grandes cidades brasileiras a partir da década de 70, conduzindo a uma prática de reprodução de "enclaves fortificados", como colocado por Caldeira (2000). Em um movimento retroalimentado, a insegurança de viver na grande cidade recebe respostas arquitetônicas e urbanísticas: muros altos, cercas, sistemas de segurança, patrulhas privadas, guaritas, um estado de vigilância permanente, como disse Bauman (2014). A sociabilidade decorrente dessa dinâmica passa a ser pautada pela sensação de medo, intolerância e ameaça constante. Como este modo de organização da cidade altera as sociabilidades e a percepção do espaço urbano? Esta dinâmica gera um movimento de supervalorização da exclusividade, de negação de alteridades; contribui para a intolerância e para a construção de um mercado do medo, que vende a sensação de segurança (mesmo que esta não seja verdadeira) sob a forma de loteamentos fechados, e sistemas de segurança privados. Enquanto estratégia de campo, o trabalho se valerá de levantamentos espaciais de loteamentos fechados, de modo a investigar como a arquitetura e morfologia desses espaços se relacionam com a estratégias de segurança; e levantamentos sociais qualitativos (baseados em entrevistas e questionários) com moradores desses loteamentos, localizados em cidades médias do interior paulista (Campinas, Itatiba, Limeira e São Carlos) sobre suas perspectivas acerca do medo urbano e dos seus modos de utilização dos espaços coletivos intramuros e dos espaços públicos extramuros. Esta pesquisa se preocupa em discutir como todo o aparato construído sobre o medo, e que resulta em vivências e espaços enraizados nesse afeto, se manifesta nas socializações cotidianas. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
BALDAM, Rafael. Medo e segregação na cidade: sociabilidades em jogo em um contexto de enclaves fortificados. 2019. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/SBD) São Carlos.