| Processo: | 20/04501-8 |
| Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Iniciação Científica |
| Data de Início da vigência: | 01 de dezembro de 2020 |
| Data de Término da vigência: | 30 de novembro de 2022 |
| Área de conhecimento: | Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica |
| Pesquisador responsável: | Manoel Antônio dos Santos |
| Beneficiário: | Fernanda Chencci Marques |
| Instituição Sede: | Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil |
| Assunto(s): | Psicanálise Transtornos da alimentação e da ingestão de alimentos Anorexia Relações interpessoais Amizade Sofrimento Entrevista Relatos de casos Teoria de Winnicott Delineamento experimental |
| Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Amizades | Distúrbio do ato de comer | Psicanálise | relações interpessoais | sofrimento | teoria de campos | Psicanálise |
Resumo Considerando a escassez de investigações que enfatizem os benefícios das relações de amizade no tratamento do sofrimento grave e persistente, tais como os transtornos alimentares (TAs), este estudo tem por objetivo compreender os sentidos que jovens adultos com diagnóstico de anorexia ou bulimia atribuem à amizade e se percebem os/as amigos/as como recursos de apoio social e atenuação do sofrimento psíquico, favorecendo o sentimento de pertencimento. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, tendo como delineamento metodológico o estudo de caso coletivo e como referencial teórico-conceitual a psicanálise winnicottiana. Participarão do estudo sete participantes, com idades entre 18 e 30 anos, atendidas no Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares (GRATA) da Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados são: Mapa de Rede (para caracterização da rede pessoal, com especial ênfase nas relações de amizade) e entrevista. A partir da enunciação da questão norteadora: "Conte-me o que significa a amizade para você?", a entrevista será conduzida inicialmente de forma livre, privilegiando-se as associações das participantes. Depois seguir-se-á um roteiro de entrevista semiestruturado, constituído pelos seguintes temas: histórico do aparecimento dos sintomas de TAs e tratamentos realizados; informações acerca da rede social, com ênfase nas relações de amizade (significados atribuídos à amizade). Também serão realizadas entrevistas devolutivas com cada participante. As entrevistas serão aplicadas individualmente, em situação face a face, e audiogravadas mediante autorização das participantes. O registro audiogravado será transcrito literalmente e na íntegra. Posteriormente, os dados serão submetidos à análise temática, orientada pelo referencial psicanalítico, que se ancora na escuta e na contratransferência da pesquisadora em relação ao corpus composto pelas transcrições das entrevistas. Serão elaboradas narrativas transferenciais, a partir das quais serão identificados os campos de sentido afetivo-emocional, dialogando-se com os integrantes do grupo de pesquisa e com as teorias convergentes com os pressupostos da psicanálise. O material das entrevistas será interpretado aproximando-se os diferentes casos investigados, demarcando suas convergências e divergências, aglutinando-os em diferentes campos de sentido afetivo-emocionais de acordo com as comunicações emocionais criadas/encontradas no material. Espera-se que os resultados contribuam para elucidar os principais aspectos das relações de amizade e suas repercussões na constituição da subjetividade de pessoas diagnosticadas com sofrimento psíquico grave e persistente, e seu possível papel como fonte de apoio e proteção frente aos agravos à saúde. Investigar as repercussões da amizade na subjetividade dessas pessoas pode favorecer o desenvolvimento de novas compreensões, que convidam os profissionais da Psicologia e suas produções teóricas a considerarem o sofrimento suscitado pela centralidade e lugar simbólico que o corpo ocupa na contemporaneidade e suas implicações singulares para o processo de adoecimento. (AU) | |
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