A refundação romana de Cartago: a monumentalização da paisagem da colina de Byrsa no projeto augustano

• Processo: 19/23408-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2020
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2021
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Arqueologia - Arqueologia Histórica
• Pesquisador responsável: Maria Cristina Nicolau Kormikiari
• Beneficiário: Geovani dos Santos Canuto
• Instituição Sede: Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Cartago Cultura Poder político Mediterrâneo Império Romano
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Africa Romana | Cartago | Contatos culturais | Cultura neopúnica | Principado | Arqueologia Mediterrânica

Resumo

Com o fim das Guerras Púnicas (264 - 146 a.C.), Roma venceu Cartago e se tornou o poder hegemônico no controle do Mediterrâneo. A cidade fenícia havia se tornado um elemento de forte alteridade no imaginário romano, o que fez com que alguns autores latinos concebessem relatos aterrorizantes sobre sua terra e natureza. De inimiga mortal, Cartago se tornou um dos maiores centros urbanos do Império Romano, como pode ser observado na opulência de sua arquitetura. Augusto teve que elaborar um conjunto de estratégias que viabilizassem a refundação de uma colônia romana na antiga cidade púnica, e dar início ao processo de exploração econômica da região.Neste projeto analisaremos a forma como o plano de refundação augustano iniciado em 29-28 a.C. lançou as bases de um planejamento urbanístico que se perpetuou por toda a fase romana de Cartago. O imperador romano conseguiu administrar uma série de rivalidades entre os colonizadores romanos e as populações que habitavam as redondezas da antiga cidade púnica no momento de sua refundação. Ao conceder-lhes a cidadania romana, Augusto convidou os descendentes da cultura líbico-púnica a participar do jogo de poder que se construía sob a forma do que veio a ser o Império Romano. (AU)