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Teste de SsCBF-ELISA aplicado ao acompanhamento clínico e alta de tratamento de gatos com esporotricose atendidos no ambulatório de esporotricose do Hospital Veterinário da PUC-PR

Processo: 20/16375-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2021
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2021
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Microbiologia Aplicada
Pesquisador responsável:Maria Griselda Perona
Beneficiário:Lucas Fernando dos Santos Ferreira
CNAE: Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais
Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente
Atividades de apoio à gestão de saúde
Vinculado ao auxílio:20/05508-6 - Teste rápido para esporotricose em gatos domésticos, baseado no conceito Point of Care (PoC), AP.PIPE
Assunto(s):Micologia   Esporotricose   Gatos   Técnicas de diagnóstico animal   ELISA em animal
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:diagnóstico em felinos | esporotricose | imunocromatografía (lateral flow) | imunoensaio (ELISA) | point of care | Sporothrix spp | Micologia

Resumo

A esporotricose é uma micose profunda causada por fungos do gênero Sporothrix, doenca que atinge ao homem e a outros mamíferos. Sporothrix brasiliensis, a principal espécie patogênica, é transmitida a seres humanos por arranhaduras ou mordeduras por gatos domésticos infectados. No Brasil é considerada uma hiperendemina zoonótica, doença ainda negligenciada e ainda subnotificada. Estima-se uma população de 23,9 milhões de gatos no Brasil, sendo esta zoonose registrada em todos os estados da federação em 2019. Com base na incidência da esporotricosse felina, tal qual notificada pela Controle de Zoonoses do Município do Rio de Janeiro, 8 a 10% da população felina do município é infectada ano a ano. Logo, estamos falando de um mercado potencial de, pelo menos, 239 mil felinos infectados/ano no Brasil. As estatísticas são alarmantes: somente no município de Rio de Janeiro, entre 2017 e 2019, foram notificados e confirmados 9.758 casos de esporotricose em gatos domésticos, enquanto no município de Guarulhos (SP) registrou-se uma taxa de 280% de aumento entre os anos 2015 - 2016, seguida de uma taxa de 100% entre 2017-2019. A OPAS (OMS) publicou em 2019 um comunicado alertando aos países de Latino América a necessidade de monitorar todos os felinos nas fronteiras da América do Sul pois a epidemia já foi detectada na Argentina, Colômbia, Bolívia e Paraguai. Até o momento, não existem ferramentas diagnósticas para a esporotricose felina que possam ser diretamente utilizadas pelo Médico Veterinário no consultório. Outrossim, os métodos micológicos clássicos são invasivos (biópsia) e demorados (15-30 dias), nem sempre sendo conclusivos. A BIDiagnostics já disponibiliza um teste sorológico por prestação de serviço (b2b). Trata-se de um método de ELISA utilizando o antígeno Sporothrix spp específico, denominado ScCBF. Durante o período de treinamento técnico, o bolsista terá como responsabilidade realizar o teste de ELISA, em rotina, para diagnóstico e acompanhamento dos gatos domésticos atendidos semanalmente no ambulatório de esporotricose do Hospital Veterinário da PUC-PR. O material clínico será colhido, semanalmente, de todos os pacientes felinos atendidos pela Dra. Fabiana Monti (pesquisadora principal deste projeto) no Hospital Veterinário e remetidos a cada semana para a BIDiagnostics, por courier e refrigerados (acondicionados em caixas de isopor com pads de gelo) para então serem analisados pelo SsCBF-ELISA. O bolsista será responsável registro das amostras de acordo com a ficha clínico-sorológica e de dados diagnósticos adicionais e de tratamento fornecidos pelo médico veterinário responsável. Após testagem do material clínico (soro) pelo SsCBF-ELISA os resultados de titulação de IgG, positividade ou negatividade do teste serão analisados com base nos parâmetros clínico-sorológico, sendo discutido pelo bolsista TT3 com o médico veterinário responsável e com seu supervisor, segundo as boas práticas da pesquisa clínica com animais de companhia. O bolsista irá padronizar para escala industrial todas as etapas do teste de ELISA com o antígeno SsCBF aplicado ao diagnóstico e acompanhamento terapêutico de gatos domésticos com suspeita de esporotricose. Os dados do SsCBF-ELISA felino serão comparados com os resultados da Imunocromatografia (teste rápido), pois o ELISA será usado como referência para a padronização deste novo teste rápido, que será desenvolvido e envolve um outro bolsista TT3 que irá manejar a Plataforma de Imunocromatografia do Instituto Butantã.

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