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As várias faces da persona ou os fundamentos da ação ética

Processo: 21/01452-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2022
Data de Término da vigência: 18 de dezembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Ética
Pesquisador responsável:Paulo Roberto Licht dos Santos
Beneficiário:Juliana Ferraci Martone
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Filosofia moral   Modo de vida   Ação política   Indivíduo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ação | Ética | modo de viver | pessoa | Política | Ética e filosofia moral

Resumo

O projeto tem como ponto de partida o conceito de pessoa enquanto fundamento da filosofia e da ação ético-moral. Sua origem remonta ao filósofo estoico Panécio de Rodes, cujas ideias foram conservadas na obra de Cícero Dos deveres. Nela, Cícero explica que os homens têm ao menos duas pessoas (personae ou prosopa), assim como o ator tem dois personagens, uma universal e comum a todos, a outra particular a cada um de nós. É na harmonia entre essas duas faces que o homem deve buscar sua felicidade, isto é, um modo de viver decoroso, a virtude e o bem moral. A partir deste núcleo conceitual, traçamos o percurso histórico dessas ideias e suas metamorfoses no campo ético e político no iluminismo britânico, em parte em Shaftesbury, "o estoico moderno", mas sobretudo em F. Hutcheson, que cunha a noção de sentimento moral baseado no senso do decoro e do honesto ciceroniano. Em seguida, tentamos mostrar como essas ideias chegam na Alemanha setecentista e servem para respaldar alguns filósofos, como Jacobi, Hamann e Herder, que se opõem à hegemonia da filosofia iluminista alemã e especialmente à filosofia transcendental kantiana. Jacobi descreve sua posição como filosofia pessoal, sábio não saber, modo de viver; Hamann homenageia Sócrates e afirma que sua sabedoria era um sentir; Herder ressalta quão infeliz é fazer da especulação a principal ocupação da vida. Depois de ter feito esse percurso nos será permitido dar um pequeno salto para a contemporaneidade a fim de compreender o uso que Hannah Arendt faz da pessoa como fundamento da ação política. Seu intuito é mostrar que o agente é sempre alguém, uma pessoa, um quem inexprimível em abstrações e, por isso, não passível de dedução. Logo, um limite para a filosofia especulativa. O que une todos esses autores e permite dar uma nova e atual interpretação para a ideia de pessoa é precisamente a compreensão da tarefa da filosofia como um modo sempre único e individual de conduzir a própria vida, não no isolamento e egoísmo de uma razão abstrata, mas na interação social com um tu igualmente concreto e pessoal. (AU)

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