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A língua como uma roupa: comunicações e transformações entre humanos e animais na Amazônia brasileira

Processo: 22/08338-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2023
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
Pesquisador responsável:Felipe Ferreira Vander Velden
Beneficiário:Gabriel Sanchez
Supervisor: Erikson Philippe
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris Ouest Nanterre La Défense (Paris 10), França  
Vinculado à bolsa:20/02965-7 - Arremendar: uma etnografia da comunicação interespecífica no Vale do Guaporé, Rondônia, BP.DR
Assunto(s):Amazônia   Caça   Interação homem-animal
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazonia | Caça | Etnologia indígena | Línguas animais | Relações humano-animais | Relações humano-animais

Resumo

O presente projeto visa aprofundar uma questão desdobrada da minha atual pesquisa de doutorado, que investiga a categoria "língua" entre os povos indígenas na Terra Indígena Rio Guaporé e como, a partir dela, se constitui a comunicação interespecífica entre humanos e animais. Para tanto, através do estágio de pesquisa no exterior a ser realizado na Université Paris Nanterre entre os meses de maio e outubro de 2023 e sob a supervisão de Philippe Erikson - referência nos estudos em etnologia americanista e das relações humano-animais - pretendo aprofundar a questão das assim chamadas "línguas animais" nos mundos ameríndios a partir dos dados etnográficos recolhidos em pesquisa de campo, através da recensão bibliográfica nas principais acervos de Paris e Nanterre, bem como a partir do contato com outros pesquisadores do Laboratoire d'etnhologie et sociologie comparative' (LESC) e do 'Centre Enseignement et Recherche en Ethnologie Amérindienne' (EREA), ambos situados em Nanterre. É conhecido que os xamãs ameríndios podem realizar comunicações e transformações interespecíficas mediante o uso de fórmulas verbais especiais e restritas e o acesso a outros domínios do cosmos. Meu esforço, contudo, é o de pensar a comunicação interespecífica - constituída por "línguas" humanas e animais - do ponto de vista dos caçadores, isto é, humanos que aparentemente não transitam entre perspectivas como os xamãs: como se pode comunicar, falar, ouvir, entender, perguntar e responder empregando-se "línguas animais" do ponto de vista dos caçadores? Minha hipótese central é de que os caçadores de diversas etnias na T.I Rio Guaporé podem se comunicar com animais ao operar transformações utilizando-se da noção de "língua", tendo em vista que ela possibilita experimentar a alteridade animal de forma pronominal. Neste sentido, essa lógica funcionaria tal como a noção de "invólucro", em que uma "língua" poderia ser experimentada e trocada como uma roupa, proporcionando assim, a comunicação e a transformação entre humanos e animais. (AU)

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