Uma dança a dois: o papel das fêmeas nas exibições de corte em cobaias

• Processo: 21/13186-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2022
• Situação: Interrompido
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Experimental
• Pesquisador responsável: Patrícia Ferreira Monticelli
• Beneficiário: Paula Verzola Olivio
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 23/13004-6 - Percepção Sensorial e Comportamento Social, BE.EP.PD
• Assunto(s): Interação social Comportamento animal
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Escolha de Parceiros | exibições de corte | expressão vocal de emoções | Interação social | Comportamento Animal

Resumo

A exibição de corte é um processo comunicativo em que os machos têm oportunidade de sinalizar suas qualidades e as fêmeas de os avaliar e selecionar seus parceiros. Durante essa interação, os machos podem modificar seu sinal com base nas respostas das fêmeas. A corte das cobaias (Cavia porcellus) é composta por três modalidades sensoriais (visual/motora, acústica e química). O macho inicia a corte com comportamentos de contato e tenta montar a fêmea. Ela se esquiva e se locomove pelo perímetro. O macho a persegue e, então, ela pode emitir distress calls. Quando a fêmea para de se locomover, o macho exibe a rumba (movimento ritmado dos quadris) e emite o chamado de corte (purr). Resultados anteriores indicam que há variabilidade interindividual no purr. Contudo, ainda não se sabe como o display influencia a resposta das fêmeas e, consequentemente, a escolha de parceiros. O objetivo desse projeto é investigar a resposta das fêmeas ao display de corte e analisar se o macho ajusta seu comportamento de acordo com a resposta das fêmeas. Dois estudos são propostos para responder às perguntas, envolvendo experimentos de isolamento de pistas com os sinais da corte, para testar as respostas (vocais, não vocais e emocionais) das fêmeas, e pareamentos macho-fêmea, para investigar a interação entre os indivíduos. Hipotetizamos que a insistência dos machos e a dinâmica da interação são essenciais durante a corte e, portanto, as fêmeas não responderão aos sinais de corte na ausência do macho. Consideramos também que o macho ajusta o seu display em resposta às fêmeas, o que será evidenciado pela mudança na frequência dos seus comportamentos ao longo da interação.