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Melancolia Tropical

Processo: 21/02999-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2022
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Luís Antônio Jorge
Beneficiário:Juliano Gouveia dos Santos
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Ensaios   Fotografia   Melancolia   Narrativa
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ensaio | Fotografia | melancolia | Narrativa | paisagem brasileira | Estudo da paisagem brasileira

Resumo

O projeto se pretende como um "estágio de síntese" para linhas produtivas que vêm ocupando meu percurso acadêmico e artístico há alguns anos, e que apontam para aspectos de uma melancolia na paisagem brasileira. O intuito é chegar, como resultado, à produção de um livro - ancorado na criação literária e fotográfica - que circunde o tema da paisagem nacional a partir da especificidade temporal de suas ruínas (elemento de vestígio tradicionalmente ligado à iconologia da melancolia). Em alguns territórios, como o do Brasil, a ruína parece condensar uma velocidade e um dinamismo que dizem respeito não àquilo que persiste (apesar da morte), mas ao que existe como indício do que nem mesmo chegou a ser, ou seja, como índice de um "esboço incompleto". Habitualmente, porém, a imagem que o Brasil projeta para o mundo é a de um país em nada melancólico. Ao contrário, tem-se a ideia de um território ocupado por uma natureza exuberante e por um povo que, apesar da pobreza material, emana alegria e receptividade; onde, por fim, "A alegria é a prova dos nove!", como declara Oswald de Andrade no Manifesto Antropófago. Quando olhamos para uma possível história da ocupação do espaço nacional, entretanto, vemos que essa alegria se associa a uma espécie de "mania" (esse estado sintomaticamente oposto à melancolia, e com o qual esta tende a se alternar), que tem a imprevisibilidade como marca de uma euforia pelo novo, criando, num ritmo de mudanças incessantes, uma relação em que termos como memória, planejamento e preservação têm pouca aderência. O trabalho visual se organizará, neste projeto, a partir de um acervo variado, recolhido ao longo dos últimos anos, e composto sobretudo por materiais deteriorados, vencidos, abandonados; ou seja, ruinosos. A produção textual, por sua vez, terá como base referências contemporâneas da literatura e do ensaio - não necessariamente brasileiras, entretanto - nas quais paisagem e melancolia têm papel central.

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