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Trauma, Discurso e Heterogeneidade Enunciativa: um percurso por testemunhos de filhos da Ditadura Civil-Militar brasileira

Processo: 22/08475-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2022
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2023
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística
Pesquisador responsável:Lauro José Siqueira Baldini
Beneficiário:Amani Musstafa Zoghbi
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Análise do discurso   Direitos humanos   Trauma
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Análise De Discurso | Direitos Humanos | Linguística | Literatura de Testemunho | trauma | Linguística

Resumo

A presente pesquisa, filiada à Análise de Discurso Materialista, tem como objetivo, mobilizando a literatura de testemunho e as noções de heterogeneidade enunciativa, investigar a possibilidade de um funcionamento próprio de heterogeneidade enunciativa no discurso testemunhal. A pesquisa questiona, essencialmente, quem narra quando uma testemunha se propõe a narrar um relato traumático; se haveria, neste caso, um embate entre a criança ferida, em quem se inscreveu o trauma, o adulto, que se apresenta às mesas de uma comissão, ou o coletivo filhos da ditadura, que fala por uma ou por múltiplas causas, entre tantos outros possíveis embates. A investigação, que desloca seu olhar à materialidade linguística, ao que emerge pelo equívoco, pelo non-sense, pela falha, gira em torno de dezoito depoimentos do Seminário Verdade e Infância Roubada, destinado a ouvir depoimentos de filhos de militantes políticos atingidos pela repressão. Caberá à candidata transcrevê-los, seguindo as convenções de transcrição de Petri (1993, 2009). O processo de análise sobre o corpus será realizado mediante um gesto de leitura-trituração (Pêcheux, 1981), produzindo extrações, recortes e aproximações de sequências discursivas, enunciados e marcas linguísticas que aproximem o analista daquilo que suspeita ser estruturante. A delimitação do corpus não almeja uma exaustividade horizontal (em extensão), mas uma exaustividade vertical, que produz consequências teóricas relevantes. Essa busca por elementos estruturantes, que se repetem nos materiais, questiona as possíveis condições de manifestação de diferentes vozes no fio discursivo, e se ampara à suspeita de que essas materialidades também se fariam presentes em outros casos em que estivesse em questão o testemunho.

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