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Contribuir para o desenvolvimento de modelo animal de MEN2 em peixe Danio rerio ("zebrafish") para compreender o mecanismo tumoral do MTC e avaliar o efeito de novos fármacos no tratamento do MTC

Processo: 23/03025-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2023
Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Rui Monteiro de Barros Maciel
Beneficiário:Isabella Palaver
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/02752-6 - Neoplasia Endócrina múltipla tipo 2 e Carcinoma Medular da Tiroide: novas questões da biologia do desenvolvimento, genética, imunologia, epidemiologia, mecanismo de doença e manejo clínico, AP.TEM
Assunto(s):Carcinoma medular de tiroide   Peixe-zebra   Endocrinologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:carcinoma medular de tiróide | Neoplasia Endócrina Múltipla do tipo 2 | Zebrafish | Endocrinologia

Resumo

O MTC na MEN2 apresenta comportamentos diferentes em termos de dependência local e do tipo de mutação do gene RET, ocasionando diferentes situações de gênese do MTC, de agressividade da doença e das suas manifestações. A partir da descoberta de inibidores de TKs, como vandetanibe, cabozantinibe e de novos fármacos, como LOXO-292 e BLU-667, houve melhoria no tratamento da doença avançada, progressiva ou sintomática. Entretanto, nenhum agente proporciona completa remissão, ainda, há efeitos colaterais devido à inibição de atividades de TKs nos demais tecidos do organismo e os tumores podem apresentar distintas respostas a esses inibidores. Dessa maneira, é importante o uso de modelos animais para compreender a patogênese do MTC e MEN2, bem como para o estudo de novos fármacos, objetivando a identificação de novas terapias e, também, o controle da doença com efeitos colaterais minimizados.O uso do "zebrafish" vem conquistando espaço nos estudos dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento de vertebrados. Este teleósteo se destaca pela série de benefícios no seu uso, especificamente: 1) a alta taxa de fecundidade, já que a fêmea pode liberar de 100 a 200 ovos por acasalamento; 2) o desenvolvimento embrionário externo e a transparência dos embriões, que possibilitam a observação dos movimentos morfogenéticos e da organogênese em "tempo real"; 3) a possibilidade da geração de animais trangênicos que expressam a proteína verde fluorescente (GFP, do inglês "green fluorescent protein"), permitindo o monitoramento do processo de tumorigênese, da proliferação e da metastatização, além da avaliação do efeito do tratamento farmacológico, utilizando imagens de alta resolução; 4) a possibilidade realizar xenotransplantes de células tumorais humanas sem a necessidade de reprimir o sistema imune do animal, uma vez que esse sistema deve se desenvolver entre 48-72 horas após a fertilização (hpf). Evidentemente, este modelo viabiliza o estudo in vivo do processo de invasão de células tumorais, de neovascularização e de angiogênese, sendo versátil para estudos em oncologia, uma vez que existe similaridade com a histologia humana, dado que o zebrafish tem 70% dos genes humanos em seu ortólogo.O modelo animal, "zebrafish", tem capacidade de expressar as isoformas do RET- RET9 e RET51, sendo a forma do RET9 idêntica a humana, enquanto o RET51 tem 67% de homologia com humanos. Ademais, o domínio TK é o que apresenta maior grau de conservação e a sinalização do RET é importante para o desenvolvimento do sistema nervoso entérico do "zebrafish", assim como em humanos. Além disso, é importante salientar que uma vantagem do uso desse modelo animal para o estudo do MTC é a localização anatômica dispersa das células tirodianas. Enquanto em humanos essas células estão nos folículos tiroidianos, no peixe, elas se encontram isoladas dos folículos tiroidianos nos ultimobranquiais, os quais se localizam dispostos bilateralmente próximos ao átrio cardíaco (72 hpf), adjacentes aos músculos em torno do intestino (120 hpf), com posicionamento final no adulto como dois grupamentos de folículos no septo transverso próximo ao seio venoso.A utilização desse modelo animal permitirá o estudo dos fatores de sinalização envolvidos na diferenciação, proliferação e carcinogênese do MTC. Além do mais, haverá a possibilidade da investigação de como diferentes mutações no domínio RET interferem em aspectos do MTC, tais como a colonização de novos sítios, neovascularização e angiogênese. Ainda, será possível o estudo de drogas em animais transgênicos para identificação de compostos que modulem a diferenciação e proliferação celular, possibilitando o desenvolvimento de novas terapias.

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