Virtude, beatitude e doenças: objeções de Elisabeth da Boêmia à moral cartesiana

• Processo: 23/00055-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
• Data de Término da vigência: 23 de fevereiro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Tessa Moura Lacerda
• Beneficiário: Rafael Teruel Coelho
• Supervisor: Paul Rateau
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França
• Vinculado à bolsa: 21/14838-2 - A alma em Elisabeth da Boêmia: uma crítica ao dualismo cartesiano, BP.DR
• Assunto(s): Filosofia moderna Alma Virtude Moral Cartesianismo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: alma | Elisabeth da Boêmia | moral cartesiana | René Descartes | União Substancial | virtude | História da Filosofia Moderna

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a relevância das críticas de Elisabeth da Boêmia às noções cartesianas de virtude e de beatitude, conceitos estes que se inserem no contexto da moral de Descartes. Para tanto, nossa investigação se dividirá em três momentos principais: I) compreender a importância do conceito de virtude no cenário da moral cartesiana; II) investigar as relações entre a realização de ações virtuosas e a beatitude; III) analisar a natureza e a relevância das críticas de Elisabeth da Boêmia à essas noções, especialmente no que concerne às doenças que, impedindo a alma de raciocinar corretamente, nos impedem de fazer escolhas corretas (dentre os nossos melhores juízos) e, consequentemente, de realizar ações virtuosas. Nessa perspectiva, pretendemos destacar o papel das objeções da princesa para a formulação da moral de Descartes, mostrando que, muito além do que críticas aparentemente simples, tais objeções revelam posicionamentos ontológicos diferentes dos de Descartes que foram plenamente assumidos por Elisabeth, sobretudo no que concerne à natureza da alma e à sua relação com o corpo. (AU)