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Experiências adversas na infância (EAI): desafios para a agência de adolescentes muito jovens (10 a 14 anos)

Processo: 23/07962-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2024
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva
Pesquisador responsável:Cristiane da Silva Cabral
Beneficiário:Nicolas Kimura Generoso
Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Adolescentes   Estudos transversais   Saúde reprodutiva   Saúde sexual e reprodutiva   Agência
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adolescentes | Agência | estudo transversal | Experiência adversa na infância | Ciências Socias e Humanas em Saúde

Resumo

Objetivo: Investigar os impactos das Experiências Adversas na Infância (EAI) sobre as dimensões da agência juvenil - Liberdade de Circulação (LC), Poder de Decisão (PD) e Voz - em 974 adolescentes de 10 a 14 anos em uma comunidade periférica de São Paulo, Brasil. Métodos: Realizou-se uma investigação transversal quantitativa (integrante do Global Early Adolescent Study) com trabalho de campo realizado no segundo semestre de 2021. Os dados analisados são fruto de inquérito autoaplicado, com a assistência de entrevistadores e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A análise estatística foi realizada com modelagem linear múltipla usando o software RStudio (versão 2023.03.1+446). Variáveis dependentes foram analisadas em relação a preditores de Características Individuais (CI), Características Familiares (CF) e Relacionamento com Amigos (RA), considerando significância estatística com p<0,05. Resultados: Os resultados mostram que, além das características individuais como idade e puberdade, a influência de grupos de amigos e responsáveis têm efeito nas dimensões da agência juvenil. A EAI está associada a uma maior LC, sugerindo uma busca por refúgio fora do ambiente doméstico, o que reflete a complexidade da relação entre adversidade e autonomia. Meninas relataram maior LC, frequentemente associada a atividades monitoradas pelos responsáveis, criando uma sensação ilusória de liberdade. A dimensão socioeconômica atravessa significativamente esses jovens, evidenciando que muitas atividades podem demandar recursos financeiros não disponíveis para as famílias, minando parte de LC e PD. Conclusão: Avaliar a complexidade da agência juvenil coloca em xeque a visão unidimensional de que maior agência sempre indica um contexto positivo. As diferenças de gênero, a limitação de recursos e o apoio de figuras centrais como responsáveis e amigos são fatores essenciais para o cultivo das dimensões de agência dos adolescentes, principalmente em contextos permeados por vulnerabilidades e adversidades.

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