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Impacto de cães domésticos no uso de hábitat e no horário de atividade de espécies ameaçadas

Processo: 23/07279-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2023
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Rita de Cassia Bianchi
Beneficiário:Izabelle Emy Yahara
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Jaboticabal. Jaboticabal , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/02737-7 - Impacto de cães domésticos no uso de hábitat e no horário de atividade de espécies ameaçadas, AP.BTA.R
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cães domésticos de vida livre | Canis familiaris | Conservação de Mamíferos | Ecologia de mamíferos

Resumo

A maneira como os cães interagem com animais silvestres pode depender de como os cães são mantidos e tratados pelos seres humanos (alimentados, abrigados e/ou vacinados). O aumento no número de cães no Parque Estadual Furnas do Bom Jesus (2.069 ha) pode ser uma séria ameaça a várias espécies silvestres ameaçadas. Essa é uma das Unidades de Conservação de Cerrado mais importantes do estado de São Paulo e tem sido monitorada pelo nosso grupo de estudo desde 2011. Dados obtidos previamente registraram a presença de várias espécies ameaçadas de extinção, incluindo o tamanduábandeira (Myrmecophaga tridactyla), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), a raposinhado-campo (Lycalopex vetulus), quatro espécies de felídeos, o tatu-de-rabo-mole (Cabassous tatouay) e o mutum (Crax fasciolata), este último tendo sido considerado quase extinto no estado. Neste contexto, os objetivos deste projeto são determinar: (1) como os cães usam a paisagem (área de vida e uso de hábitat); (2) conhecer o perfil sanitário dos cães; (3) avaliar se há relação entre o uso de áreas nativas e os cuidados recebidos, bem como a distância de áreas nativas e a frequência com que os tutores trabalham ou visitam o parque ou seu entorno e (4) como os cães afetam o uso de hábitat e o padrão de atividades das espécies-alvo. Para isso, monitoraremos 120 cães por meio de i-gotU USB GPS Travel por 1-2 anos. Obteremos as informações das condições de cuidado dos cães por meio de entrevistas e por avaliação das condições corporais e a frequência com que os tutores visitam a área ou os arredores por meio de questionário. Nós avaliaremos se a distribuição das espécies na paisagem é afetada pela presença de cães utilizando armadilhas fotográficas e modelos de ocupação de co-ocorrência utilizando o cão como espécie dominante. Nós utilizaremos dados das armadilhas fotográficas para descrever a sobreposição no horário de atividades entre os cães e as espécies-alvo e avaliar se os cães afetam o padrão de atividade das espécies-alvo. Os resultados permitirão entender o papel que os cães desempenham nessa comunidade e como as atitudes humanas em relação aos cães são inseridas nesse contexto e dessa forma será possível propor medidas de gestão para reduzir a invasão e os impactos sobre a vida selvagem, principalmente em espécies ameaçadas.

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