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Impacto do dimorfismo sexual e da neurotransmissão ocitocinérgica sobre a dor crônica em modelos animais e em humanos

Processo: 23/13491-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Jovens Pesquisadores
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
Pesquisador responsável:Daniela Baptista de Souza
Beneficiário:Daniela Baptista de Souza
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAR). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/04387-6 - Impacto do dimorfismo sexual e da neurotransmissão ocitocinérgica sobre a dor crônica em modelos animais e em humanos, AP.JP
Assunto(s):Ansiedade   Depressão   Dor crônica   Ocitocina   Neurociências
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ansiedade | depressão | diferenças sexuais | dor crônica | ocitocina | Neurociências

Resumo

Quadros de dor crônica têm prevalência significativamente maior em mulheres e envolvem aspectos físicos, psicológicos e socioculturais. Entretanto, apenas 20% dos estudos na área pré-clínica na neurociência são realizados em machos e fêmeas. Do ponto de vista neurobiológico, o neuromodulador ocitocina está associado à regulação da dor e a processos que envolvem comportamentos afetivo-emocionais. Têm sido demonstradas diferenças sexuais na ação da ocitocina sobre áreas cerebrais que modulam as respostas emocionais e dor. Sob o aspecto clínico, a dor crônica pode ser desencadeada por procedimentos cirúrgicos. Estes quadros chegam a alcançar 50% dos indivíduos submetidos a diferentes tipos de cirurgias. Dentro desta perspectiva, são escassas informações acerca de mecanismos relacionados ao dimorfismo sexual na via de transmissão ocitocinérgica nos componentes perceptivos e emocionais na dor crônica. Os objetivos delineados para este estudo são voltados a duas abordagens: Pré-clínica a ser realizada em camundongos; dentre eles: (i) avaliar a influência do sexo nas respostas nociceptivas, de ansiedade e depressão e sua relação com os níveis de ocitocina plasmática em animais submetidos ao modelo de hyperalgesic priming, (ii) verificar se o tratamento com ocitocina altera respostas relacionadas a dor, ansiedade e depressão e se os efeitos diferem quanto ao sexo e alterações neurofuncionais e neuroplásticas na medula espinal, gânglios da raiz dorsal, RVM, substância cinzenta periaquedutal, núcleos amigdaloides e córtices insular e cingulado anterior (iii) investigar as projeções ocitocinérgica para áreas relacionadas ao sistema límbico e modulação da dor (e.g., núcleo paraventricular (PVN)-amídala, ínsula, córtex, substância cinzenta periaquedutal e RVM), (iv) estimular, através do uso de animais geneticamente modificados (Oxytocin-cre mice), quimiogeneticamente esse grupamento neural para verificar efeitos sobre as respostas nociceptivas e de caráter emocional em camundongos machos e fêmeas sob o processo de cronificação da dor. Clínica Avaliar possíveis diferenças sexuais na neurotransmissão ocitocinérgicas em tecido coletado pós mortem de homens e mulheres acometidos por quadros de dor crônica; (i) expressão de BDNF e caracterização de receptores ocitocinérgicos na medula espinhal, gânglios da raiz dorsal (GRD), substância cinzenta periquedutal, bulbo rostroventromedial, amídala, insula, córtex cingulado em tecido congelado; (ii) respostas funcionais em cultura de neurônios à ocitocina em tecido fresco da medula espinhal e GRD. Em suma, a proposta tem como principal eixo esclarecer qual o impacto do dimorfismo sexual sobre os componentes sensitivo e afetivo-emocional no processo de cronificação da dor, e de que modo a ocitocina modula estas respostas. Em mãos destes achados e tendo sido identificado a influência dos componentes biológicos, emocionais no manejo da dor crônica, esta proposta buscará contribuir para o desenvolvimento de fármacos com potencial analgésico mais efetivos em homens e mulheres que sofrem com quadros de dor crônica.

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