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Correlatos neurofisiológicos do toque materno e suas implicações para a sincronia neural mãe-bebê

Processo: 23/12250-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Pesquisador responsável:Ana Alexandra Caldas Osório
Beneficiário:Camila Fragoso Ribeiro
Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Instituto Presbiteriano Mackenzie. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/06693-4 - A importância do toque social para o desenvolvimento sócio-emocional infantil: integrando evidências de neuroimagem, psicofisiológicas, endócrinas e comportamentais, AP.JP2
Bolsa(s) vinculada(s):25/04991-9 - O papel do toque na sincronia neural mãe-bebê, BE.EP.DD
Assunto(s):Neurodesenvolvimento   Resposta do sistema cardiovascular   Bebês
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:developmental neuroscience | fNIRS | hyperscanning | social touch | Neurodesenvolvimento Infantil

Resumo

Evidências em adultos sugerem que as respostas neurais e comportamentais ao toque variam em função da identidade percebida de quem toca (Gazzola et al., 2012; Suvilehto et al., 2015). A pesquisa em lactentes é significativamente mais escassa, com apenas um estudo publicado até o momento. Em seu trabalho, Aguirre et al. avaliaram a frequência cardíaca de lactentes de 9 meses de idade em duas condições: a) pinceladas suaves administradas na presença da mãe, b) o mesmo tipo de toque administrado na presença de uma mulher desconhecida. Curiosamente, os autores encontraram uma redução na frequência cardíaca apenas em resposta ao toque percebido como vindo da mãe (Aguirre et al., 2019). No entanto, a influência da identidade do tocador na reatividade cardíaca ao toque manual (em vez de um objeto) e as respostas neuronais ao toque percebidas como provenientes da mãe (vs. uma mulher desconhecida) no primeiro ano de vida - um fator crítico estágio na formação da relação de apego - permanecem desconhecidos. Além disso, o toque nas interações diádicas entre mães e filhos parece servir como um meio para o desenvolvimento de uma habilidade social importante: a sincronização interpessoal. Evidências mostram que pistas comportamentais no ambiente induzem o alinhamento fisiológico e neural (Wass et al., 2020; Zhao et al., 2024; Feldman, 2007). Mais especificamente, estudos com adultos demonstraram que o toque melhora a sincronização neural, otimizando a receptividade mútua, a comunicação e a empatia entre os indivíduos (Goldstein et al., 2018; Long et al., 2021). Embora se hipotetize que o mesmo ocorra em díades cuidador-bebê, até o momento, o único estudo sobre essa questão (Nguyen et al., 2021) encontrou um aumento na sincronização neural durante a interação entre mãe e bebê nas condições com toque. No entanto, Nguyen e colegas não avaliaram as regiões cerebrais conhecidas por serem ativadas em resposta ao toque afetivo.Assim, o principal objetivo deste plano de trabalho é avançar na compreensão dos fatores que influenciam as respostas neurais e fisiológicas ao toque afetivo durante o primeiro ano de vida. Para isso, o primeiro objetivo é investigar as diferenças nas respostas neurais e cardíacas ao toque afetivo quando os bebês acreditam estar sendo acariciados por suas mães versus uma mulher desconhecida. O segundo objetivo é explorar se as diferenças observadas na ativação neural ao toque afetivo materno podem ser parcialmente atribuídas ao mecanismo de sincronização interpessoal. Mais especificamente, investigar se há maior sincronização neural entre mães e bebês durante momentos de interação com toque.

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