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A teoria das super-estruturas de Claude Lévi-Strauss

Processo: 23/01482-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2023
Data de Término da vigência: 23 de outubro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
Pesquisador responsável:Marcos Pazzanese Duarte Lanna
Beneficiário:Marcos Pazzanese Duarte Lanna
Pesquisador Anfitrião: Frederic Keck
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Collège de France, França  
Assunto(s):Estrutura   Transformação
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Claude Lévi-Strauss | Dom e circulação | Economia simbólica | Estrutura | transformação | Teoria antropológica

Resumo

Realizei em 1995 uma etnografia da troca (A dívida divina), uma monografia sobre uma pequena cidade do Rio Grande do Norte, prolongada nas décadas seguintes por orientações e publicações sobre a teoria do dom, inclusive de sua relação com o mercado e com a constituição de figuras hierárquicas diversas como patrões, sacerdotes, políticos, casas, em diversos contextos, figuras análogas a de "chefes" Oceânicos, mas de um tipo inverso, que manipulam estruturas de modo a não retribuir à altura e não praticam a redistribuição. Nas décadas seguintes, leciono, pesquiso e publico sobre a obra de C.Lévi-Strauss, abordando temas como sua ampliação da sociologia (muitas vezes da troca) na direção de uma socio-lógica, uma teoria das super-estruturas, em que o eixo sociológico é relativizado e perspectivado, colocado em oposição e correlação a outros eixos, englobado, assim, por estruturas. Ao tratar da casa como "estrutura", Lévi-Strauss fala em "A via das máscaras" uma "virada topológica" ["la maison accomplit une sorte de retournement topologique de l´intérieur en éxtérieur, elle remplace une dualité interne par une unité externe" (pg.161)]. A partir daí surgiu em minha pesquisa uma série de questões, entre elas: qual o interesse de Lévi-Strauss em voltar aos estudos do parentesco após escrever os 4 volumes das Mitológicas? Como ele o faria em sua noção de "sociedades a casas", e com ela renovando os estudos do parentesco? Buscaria ele uma teoria em que fatos infra-estruturais, relativos a politica, economia, circulação de pessoas, pudessem vir a ser entendidos como linguagem, assim como ele o fizera em "As estruturas elementares do parentesco", que em 1949 mostrara que algumas formas de casamentos da Oceania, do sudeste asiático, da Austrália, poderiam ser entendidos como linguagem matrimonial? Seria aquilo que Lévi-Strauss classifica como uma teoria das super-estruturas uma teoria da linguagem e da comunicação? Qual o estatuto do dom nesta teoria? O convívio com pesquisadores especializados na obra de C.Lévi-Strauss afiliados ao Laboratório de Antropologia fundado por ele no Collège de France, a participação em seminários dedicados a temas como parentesco, mitos, arte, produção simbólica, assim como acesso ao "Fonds Lévi-Strauss" da Biblioteca Nacional da França constituem uma situação ideal para investigar este tipo de questões.

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