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Aplicação de resíduo da indústria sucroalcooleira como adsorvente em biorremediação para remoção de fármacos

Processo: 23/18354-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2025
Área de conhecimento:Engenharias - Engenharia Química - Processos Industriais de Engenharia Química
Pesquisador responsável:Diego Andrade Lemos
Beneficiário:Geovana Vargas
Instituição Sede: Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Auxílio(s) vinculado(s):24/10643-0 - I Congresso Brasileiro de Biotecnologia Industrial, AR.BR
Assunto(s):Adsorção   Águas de superfície   Contaminantes emergentes   Resíduos agroindustriais   Saúde da população   Aproveitamento de subprodutos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adsorção | aguas superficiais | poluentes emergentes | resíduos agroindustriais | Saúde da população | Aproveitamento de resíduos

Resumo

O acúmulo de micropoluentes em recursos hídricos tem se tornado uma preocupação devido aos problemas de escassez de água para consumo humano e uso na agricultura, além dos impactos socioambientais destes poluentes emergentes. A contaminação de águas por fármacos é uma preocupação ambiental crescente devido a alta taxa de uso e descarte inadequado de medicamentos. No Brasil, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) representam aproximadamente 45% em massa dos fármacos vendidos, uma vez que não necessitam de receita médica para serem adquiridos. Estes compostos farmacêuticos após o uso são excretados e lançados nos sistemas de esgoto, podendo atingir corpos d'água naturais ou mesmo serem reintroduzidos no ambiente por meio da irrigação na agricultura. Essa contaminação afeta ecossistemas aquáticos e pode gerar impactos na saúde humana, representando um desafio para preservação da qualidade da água e necessitando de estratégias eficazes de biorremediação. Os processos convencionais usados em estações de tratamento de água para abastecimento e consumo são, na maior parte das vezes, insuficientes para remover estes resíduos de fármacos presentes na água. Uma alternativa é o uso da técnica de adsorção para remover esses fármacos de soluções e efluentes aquosos. Neste contexto, os adsorventes não tradicionais surgem como opção por serem de baixo custo e eficazes na remoção de contaminantes. Os resíduos agroindustriais têm potencial e vem sendo estudados como alternativa aos adsorventes tradicionais, sendo o bagaço de cana uma ótima opção. O bagaço, gerado em grande quantidade no Brasil, já costuma ser direcionado para a cogeração de energia elétrica. Porém após a sua queima na caldeira para geração de energia elétrica, cinza úmida do bagaço é formada e atualmente descartada no campo. A adsorção de fármacos em cinzas de bagaço de cana vem sendo explorada na literatura (in natura ou produzida em laboratório), entretanto há um déficit de trabalhos explorando resíduos industriais reais, provenientes de usinas autônomas. Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar a aplicação de cinzas de bagaço de cana provenientes de caldeiras industriais reais na biorremediação de águas contaminadas visando a remoção de paracetamol e ibuprofeno por meio de adsorção. Serão realizados ensaios de modo a verificar a influência de parâmetros como diâmetro das partículas de cinza, quantidade de material usado e pH da solução. A partir das respostas obtidas em termos de eficiência de remoção e capacidade adsortiva, confecção de isotermas e estudos cinéticos também serão realizados visando compreender melhor o processo. Por fim, serão feitos ensaios com soluções multielementar visando a validação do processo. Espera-se que ao final deste projeto seja possível ter caracterizado essa biomassa real (cinza úmida) e identificar as melhores condições para aplicação deste resíduo na remoção de fármacos de efluentes aquosos.

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