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HÁ FRONTEIRAS NOS JARDINS DA RAZÃO? Trabalho, seca e flagelo na incorporação subordinada do território cearense à lógica da mercadoria (1877-1902)

Processo: 23/03972-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
Pesquisador responsável:Manoel Fernandes de Sousa Neto
Beneficiário:Igor Carlos Feitosa Alencar
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):24/19913-0 - Ciência, natureza, seca e trabalho: aspectos da modernização territorial do Ceará - Brasil no século XIX com base nos Acervos Portugueses, BE.EP.DR
Assunto(s):Ferrovias   Mobilidade no trabalho   Secas   Território   Trabalho
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Classe Senhorial | ferrovia | Mobilidade do trabalho | Seca | território | trabalho | Geografia Histórica Territorial

Resumo

A pesquisa tem por objetivo compreender como a classe senhorial cearense explorou as condições climáticas da província para, a partir do emprego da mão de obra dos flagelados nas secas, intensificar um processo de incorporação subordinada do território cearense à lógica da mercadoria, dado com a instalação ferroviário-telegráfica. Para tal, esse processo é relacionado ao contexto global de avanço do capital imperialista sobre os territórios periféricos como resposta à crise de superprodução do final do século XIX, buscando garantir a reprodução ampliada do sistema. Metodologicamente combinamos a análise do aporte teórico às fontes documentais, sobretudo documentos oficiais, os quais necessitam de um olhar crítico que os compreenda como expressões de poder e produtos da barbárie, numa perspectiva que busca a contrapelo revelar os traços de sangue e barbárie nos processos de avanço capitalista. Portanto, o projeto aponta para a exploração do trabalho dos sertanejos nas secas de 1877-1879, 1888-1891 e 1896-1902 como o fundamento que garantiu o avanço capitalista sobre o território cearense, processo esse que o submetia a sua lógica assegurando nas instalações de sistemas de circulação e comunicação o controle sobre a mobilidade do trabalho, a alocação de capitais em crédito, a instauração de uma nova ética do trabalho, além de oferecer maior fluidez às mercadorias e expandir a fronteira de acumulação sertão adentro.

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