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Marcenaria com descarte

Processo: 24/05337-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2024
Área de conhecimento:Interdisciplinar
Acordo de Cooperação: SEBRAE-SP
Pesquisador responsável:Fabiane Teixeira de Jesus
Beneficiário:Fabiane Teixeira de Jesus
Empresa:52.864.792 Fabiane Teixeira de Jesus
CNAE: Fabricação de móveis com predominância de madeira
Tratamento e disposição de resíduos não-perigosos
Criação artística
Vinculado ao auxílio:23/10501-9 - Marcenaria com descARTE, AP.PIPE
Assunto(s):Marcenaria   Artes   Reciclagem
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arte | Design Biofílico | Madeiras de descarte | Marcenaria | Móveis de alto padrão | marcenaria com descARTE

Resumo

O OBJETO desta proposta é um processo de transformação de madeiras de descarte em móveis de alto padrão. Ela se JUSTIFICA por se enquadrar na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei no. 12.305/2010, art. 6º, inciso VIII, que fala sobre o "reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania"). É voltada para o "processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química" (Lei no. 12.305/2010, art. 3º, inciso XVIII). A matéria prima utilizada na perspectiva que venho desenvolvendo, a marcenaria com descARTE, são madeiras de paletes, galhos de podas de árvores, madeiramento de telhados, decks e outras madeiras que parecem não ter valor. Minha HIPÓTESE é a de que a articulação entre arte/design, sustentabilidade e técnicas específicas para este tipo de material viabiliza a construção de móveis e outras peças com alto valor de mercado, apresentando conforto estético e sensorial e alta durabilidade - o que contribui diretamente para a remoção de CO2 da atmosfera e, em consequência, para a redução dos efeitos das mudanças climáticas. Além disso, ao ampliar o uso de madeiras de descarte, descartamos também a possibilidade de serem destinadas à incineração, o que produziria mais efeitos ambientais destrutivos. Trata-se de uma ideia pioneira: no mercado moveleiro, em uma ponta, há móveis de madeira de alto padrão construídos com madeiras nobres e/ou equipamentos sofisticados e/ou mão de obra especializada, com insumos de alta qualidade; na ponta diametralmente oposta, estão móveis feitos com madeiras descartadas, mas de forma improvisada, com acabamento nem sempre adequado e/ou sem durabilidade. A proposta que apresento está fora desse espectro. Os potenciais concorrentes, pois, são indiretos; dentre eles, estariam 1) empresas que produzem móveis tradicionais de alto padrão, feitos com madeiras convencionais ou mesmo mdf, 2) marcenarias que utilizam madeiras de descarte, apesar de não contemplarem as questões artísticas e estéticas com as quais nos ocupamos e 3) empresas ou artesãos que produzem móveis personalizados, especialmente se destacarem a exclusividade e qualidade dos seus produtos. Os potenciais clientes pagantes dos móveis produzidos na perspectiva da marcenaria com descARTE buscam soluções que aliem questões estéticas e sustentáveis a peças que possam ser usáveis e duráveis. Dentre eles, estão: 1) consumidores conscientes, que têm preocupações ambientais e buscam produtos que se alinhem com práticas sustentáveis, 2) arquitetos e designers de interiores alinhados à perspectiva do Design Biofílico, 3) pessoas que buscam móveis de qualidade únicos e com história, como entusiastas do design, colecionadores e compradores de móveis personalizados, 4) empreendimentos no setor de hospitalidade, como o hoteleiro e o de restaurantes, que muitas vezes buscam mobiliário que reflita sua imagem de marca e ofereça uma experiência única aos hóspedes e 5) empresas corporativas, setor este que está cada vez mais buscando mobiliário sustentável para melhorar sua imagem e proporcionar um ambiente de trabalho mais ecológico. Meu OBJETIVO, uma vez aprovada a proposta, é explorar/testar/validar técnicas experimentais que venho desenvolvendo e superar dois desafios: a impermeabilização das madeiras para que plantas sejam incluídas no próprio móvel sem comprometer sua estrutura e 2) o cálculo de estruturas e montagem dos móveis para otimizar o tempo de produção, atualmente oneroso por ser feito na base de tentativa e erro. O tempo estimado do ciclo de desenvolvimento da ideia de solução tecnológica seria em torno de três anos. A ideia de solução tecnológica, uma vez validada e viabilizada, dependerá apenas do tempo necessário para uma campanha de lançamento, visto que não demanda aprovações e certificações regulatórias. (AU)

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