Fenômeno urbano em Angola no pós-guerra: uma análise dos Musseques; planos e programas de reconstrução; surgimento, construção, crescimento e as contradições do morar nas novas centralidades urbanas em Angola

• Processo: 23/12161-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Planejamento Urbano e Regional
• Pesquisador responsável: Luciana de Oliveira Royer
• Beneficiário: Bráulio Sebastião André
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/13365-3 - CoPOlis - co-produção social da cidade e ciência cidadã: uma perspectiva comparada sobre classe trabalhadora e bairros precários na França e no Brasil, AP.TEM
• Assunto(s): Habitação Assentamentos humanos Centralidade Reconstrução Pós-guerra Angola
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Angola | fenômeno urbano | Musseques | Novas centralidades urbanas | Programas de reconstrução | Habitação e Assentamentos Humanos

Resumo

Esta pesquisa de pós-doutorado tem como meta ampliar e/ou aprofundar a pesquisa de doutorado. A pesquisa de doutorado teve como título: "Novas Centralidades Urbanas em Angola: uma análise do surgimento, crescimento e das contradições do morar nas novas centralidades urbanas de Angola". Nela, o objetivo foi compreender os fatores associados às transformações no espaço urbano das cidades angolanas no pós-guerra. A pesquisa de doutorado, além de apresentar uma discussão sobre o fenômeno urbano angolano nos séculos XX e XXI (desde os bairros coloniais aos assentamentos humanos precários/precarizados "musseques") e sobre os acordos de financiamento com a China para a reconstrução (infraestruturas viárias, portuárias, aeroportuárias, hidroelétricas, habitação e outras) de Angola no pós guerra, desenvolve um trabalho de campo em quatro novas centralidades urbanas localizadas em três das maiores províncias angolanas: (a) centralidade urbana do "Kilamba", em Luanda; (b) centralidade urbana do "Sequele", em Luanda; (c) centralidade urbana "5 de Abril", no Namibe; (d) centralidade urbana da "Quilemba", na Huíla. Usamos a expressão "Novas Centralidades Urbanas em Angola", para se referir a c construção de novas cidades do zero, novos projetos habitacionais providos de uma variedade de infraestruturas, equipamentos e serviços em contraste com a maioria das cidades angolanas marcadas por "musseques". A coleta de dados em campo foi desenvolvida por meio de um inquérito dirigido 320 moradores das novas centralidades urbanas a entre os dias 01/03/2022 e 30/04/2022. O inquérito teve como objetivos: (a) fornecer informações gerais sobre o perfil dos moradores; (b) Elaborar comparações entre o local de residência anterior e o atual; (c) Identificar os principais problemas nas centralidades.PART-IIEsta pesquisa de pós-doutorado se propõe: por um lado, em ampliar e aprofundar a pesquisa de doutorado; por outro lado participar de atividades pedagógicas, acadêmicas e cientificas da FAU/USP, em eventos científicos no Brasil e no exterior, bem como publicação de artigos científicos.Em relação ao primeiro aspecto, o objetivo é realizar coleta de dados em campo em novas centralidades urbanas de seis (6) outras províncias que não formas abrangidas na pesquisa de doutorado. Diferente das centralidades estudadas no doutorado localizadas nas principais províncias angolanas e, portanto, de maior dinâmica urbana e socioeconômica; as centralidades a serem estudadas no pós-doutorado estão mais localizadas nas províncias do interior. Nossa intensão é compreender questões relativas à caracterização territorial e urbana destas províncias, caracterização dos musseques nestas províncias e estabelecer comparações entre as o perfil dos moradores e os principais problemas das centralidades estudadas no doutorado e os das centralidades em estudo no pós-doutorado.Em relação ao segundo aspecto, envolve: (a) participação e/ou colaboração em pesquisas do grupo temático e eventos do LahHab; (b) Orientação trabalhos de pesquisa à estudantes de graduação e pós-graduação do LahHab; (c) participação como ouvinte ou comunicador em eventos científicos; (d) publicação de no mínimo três artigos; (d) Ministrar ou colaborar na ministração de aulas em alguma disciplina afim oferecida no programa. (AU)