Avaliação visual e da qualidade de vida em pacientes operados por adenoma de hipófise com extensão suprasselar com déficits visuais.

• Processo: 24/08070-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
• Pesquisador responsável: Samuel Tau Zymberg
• Beneficiário: Bruno Pellozo Cerqueira
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Qualidade de vida Neurocirurgia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Adenoma de Hipófise | Apoplexia | Avaliação Visual | Qualidade De Vida | Neurocirurgia

Resumo

INTRODUÇÃO: O adenoma de hipófise (AH), um tumor benigno comum, representa 16,7% dos tumores primários do sistema nervoso central nos EUA. Os adenomas podem ser microadenomas, macroadenomas ou gigantes, com impactos significativos na visão devido à proximidade com o quiasma óptico. Este estudo busca avaliar os déficits visuais e a qualidade de vida em pacientes com AH, focando em um contexto hospitalar quaternário no Brasil, uma área ainda pouco explorada em dados nacionais. OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico, clínico e cirúrgico dos pacientes operados com AH com extensão suprasselar com déficits visuais, focando em comparar os dados dos pacientes que tiveram melhora do quadro visual após a cirurgia com os que mantiveram problemas visuais; Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com AH com extensão suprasselar com déficits visuais, aplicando o questionário SF-36 em 2 momentos: pré-operatório e após 6 meses da cirurgia; Avaliar os pacientes com AH com extensão suprasselar com déficits visuais que foram encaminhados ao Hospital São Paulo em caráter de urgência. MÉTODOS: A metodologia do estudo consiste em dois braços com pacientes com adenomas de hipófise com extensão suprasselar operados no Hospital São Paulo entre 2015 e 2025. O braço retrospectivo inclui pacientes que já realizaram a cirurgia, enquanto o braço prospectivo inclui aqueles que ainda não realizaram a cirurgia. Os critérios de exclusão são idade inferior a 18 anos, resultado anatomopatológico negativo para adenoma de hipófise e ausência de campimetria computadorizada. Os dados coletados e analisados incluem informações demográficas e exame físico geral (idade, etnia, sexo, naturalidade, procedência, profissão e Índice de Massa Corporal - IMC), dados clínicos (sintomas da apresentação clínica, como sintomas visuais, cefaleia e sintomas endócrinos como acromegalia, hipertireoidismo, doença de Cushing, hiperprolactinemia e hipergonadotrofismo, além de incidentalomas), tempo de duração da doença (datas dos primeiros sintomas, primeira consulta com especialista, primeiro exame de imagem, primeiro exame laboratorial e cirurgia) e comorbidades associadas. Serão realizados exames laboratoriais, incluindo dosagens de hormônios como FSH, LH, prolactina, IGF-1, TSH, T4, testosterona, estradiol e cortisol (sangue e urina). Exames de imagem da hipófise, como ressonância magnética com gadolínio, serão utilizados para avaliar o tamanho do tumor, sua localização em relação à sela turca, o grau de compressão do quiasma óptico pela escala de Fujimoto, o grau de invasão do seio cavernoso pela classificação de Knosp, a captação de contraste e a presença de hemorragia, infarto ou apoplexia. Exames oftalmológicos incluirão avaliação da acuidade visual, campimetria por confrontação e campimetria computadorizada, além de tomografia de coerência óptica, se disponível. Dados da cirurgia serão coletados, como a via de acesso à sela turca, intercorrências durante a cirurgia e ocorrência de fístulas intra ou pós-operatórias. A análise anatomopatológica da peça cirúrgica incluirá análise citológica, imunohistoquímica e diagnóstico imunopatológico. A evolução dos sintomas será analisada após a cirurgia em períodos específicos, como pós-operatório imediato, 3 meses, 6 meses, 1 ano e última consulta de seguimento, considerando recidivas. No braço prospectivo, será aplicado um questionário de qualidade de vida (Short Form Health Survey 36 - SF-36) durante o pré-operatório e 6 meses após a cirurgia. No grupo retrospectivo, caso o paciente tenha realizado o questionário, os dados serão coletados.