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Pensar a Cidade Flutuante de Manaus (1940 - 1980): Territorialidade ribeirinha em perspectiva histórica como contribuição para o desenvolvimento urbano e rural da Amazônia

Processo: 24/09387-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Ana Claudia Scaglione Veiga de Castro
Beneficiário:Isabella de Bonis Silva Simões
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Amazônia   Desenvolvimento   Territorialidade   História das cidades
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazonia | Cidade Flutuante | desenvolvimento | Ribeirinho | Territorialidade | História das Cidades

Resumo

É incontestável que chegamos a um momento em que vivemos uma crise climática, onde preservar as últimas florestas do planeta parece ser emergencial. Porém, a Amazônia segue em xeque, sendo explorada e desenvolvida a partir de um modelo que ajudou a provocar esta crise. Nesse cenário, é importante fazer uma revisão crítica sobre qual é este modelo e como ele tem atuado territorialmente. Olhando para a história recente da Amazônia é notável que o período militar foi marcante na construção da região que vemos nos dias atuais, uma produtora de commodities. De modo que revisitar esta história do período desenvolvimentista brasileiro na Amazônia, pré e pós golpe de 1964, tendo em vista toda a sua heterogeneidade, é essencial para a discussão de novas perspectivas. Nesse contexto, se o projeto desenvolvimentista militar via a Amazônia como um grande vazio, qual teria sido o projeto se esta tivesse sido vista como é: um território culturalmente rico e construído através da sabedoria de diversos povos das florestas? Para tentar debater esta questão, este projeto de pesquisa propõe um estudo sobre a cidade de Manaus antes da chegada da Zona Franca, principal projeto de desenvolvimento do regime para a cidade, dando visibilidade às existências ribeirinhas que estavam disputando o território urbano até 1968, quando foram removidas, e que formaram a Cidade Flutuante e os beiradões de palafitas no centro de Manaus. Tendo como objetivo historicizar esse evento ribeirinho ocorrido em Manaus, esta pesquisa tem como hipótese que um estudo crítico sobre a Cidade Flutuante pode contribuir para pensar novas perspectivas de desenvolvimento para Amazônia, que focalizem seu caráter aquático e florestal, através dos saberes ribeirinhos, de seus modos de vida e de sua forma de se territorializar no espaço amazônico. Para empreender esta pesquisa serão examinados materiais diversos, como: documentação da época da ditadura, publicações jornalísticas deste período, acervos fotográficos (Marcel Gautherot e IBGE), documentários de Jorge Bodanzky e Glauber Rocha sobre a Amazônia e a literatura de Milton Hatoum. Por meio do cruzamento entre estas fontes e de uma leitura metodológica ligada ao Materialismo Cultural de Raymond Williams, se objetiva chegar em uma crítica propositiva sobre perspectivas de desenvolvimento para a Amazônia ameaçada do século XXI.

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