Avaliação e comparação dos efeitos do microplástico primário e secundário na fisiologia do sistema respiratório de camundongos BALB/c

• Processo: 24/17813-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Regiani Carvalho de Oliveira
• Beneficiário: Joao Pedro Albuquerque Damasceno
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Estresse oxidativo Inflamação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Estresse oxidativo | Fisiologia Pulmonar | Inflamação | Mcroplástico | Saúde e meio ambiente

Resumo

Introdução: O plástico é um polímero com característica que torna o seu uso altamente conveniente. Consequentemente, detritos de plástico são encontrados em todo o mundo e em todos os ecossistemas. Os plásticos são ambientalmente persistentes, entretanto, uma vez liberados no meio ambiente, são expostos a processos contínuos como intemperismo químico, foto-oxidação, decomposição biológica e forças mecânicas, que afetam sua integridade estrutural e resultam em fragmentação a níveis de micrômetros em tamanho, partículas entre 1um a 5000mm são denominados de microplásticos (MP). A exposição humana aos MP pode se dar tanto por ingestão como por inalação. MP foram identificados em alimentos destinados ao consumo humano e em amostras de ar coletados em ambientes indoor e outdoor. A comprovação de que MP constitui um risco à saúde humana é o fato de que há evidências da presença de MP no tecido pulmonar humano e também de que podem, por via sistêmica, atingir demais órgãos, como placenta humana. A maioria dos estudos sobre os efeitos tóxicos das MP no sistema respiratório utilizam partículas primárias o que pode comprometer a acurácia na determinação do potencial tóxico dos MP. Foi hipotetizado que as alterações na forma, na composição e no tamanho das estruturas dos polímeros quando estes estão expostos às condições ambientais podem alterar a toxicidade dos MP. Essas partículas secundárias, ao mesmo tempo que podem perder os compostos aditivados durante a sua produção podem adsorver e absorver outros compostos durante o tempo em que ficou exposto ao ambiente. Assim, a capacidade toxicológica dos MP primários e secundários são possivelmente diferentes. Objetivo: No presente estudo avaliaremos os efeitos de partículas de MP, polipropileno (PP) degradado naturalmente, PP secundário (PPs), partículas de PP primário (PPp), e do efeito sinérgico das partículas de PP com material particulado proveniente da combustão do DIESEL (DEP) sobre o sistema respiratório de camundongos BALB/c, machos e fêmeas. Métodos: Camundongos BALB/c fêmeas (N=60) e machos (N=60), receberão instilação intranasal diária durante 28 dias de 10µL de solução salina contendo 300µg de PPs, ou 10uL de salina contendo 300µg de PPp, ou 10uL de salina contendo 300µg de PPs e 10ug de DEP, ou 10uL de salina contendo 300µg de PPp e 10ug de DEP, ou 10uL de salina contendo e 10ug de DEP, ou 10µL de solução salina. Nos camundongos serão avaliados os seguintes parâmetros, reação inflamatória e proliferação celular indicativa de fibrose e produção de muco respiratório nas regiões distais e proximais dos pulmões dos camundongos, determinados pela histologia; marcador de macrófagos, CD68, e de estresse oxidativo, o Isoprostano (IsoPs), nos fragmentos dos pulmões dos camundongos, determinados por imunohistoquímica.