Produção e germinação in vitro de ascósporos de Phyllosticta citricarpa e reação de genótipos de citros inoculados com ascósporos e conídios

• Processo: 24/01277-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
• Pesquisador responsável: Geraldo José da Silva Junior
• Beneficiário: Leonardo Aparecido Brandão da Silva
• Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
• Assunto(s): Epidemiologia Guignardia citricarpa Reprodução sexuada Resistência genética Superfícies de resposta Fitopatologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Epidemiologia | Guignardia citricarpa | processo infeccioso | Reprodução Sexuada | resistência genética | superficie de resposta | Fitopatologia

Resumo

A pinta preta dos citros é a terceira maior causa de queda prematura de frutos de laranja doce no cinturão citrícola paulista, que tem a maior área cultivada com essa cultura no Brasil. Essa doença é causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa, o qual produz ascósporos e conídios como inóculos no campo. Protocolos de produção de ascósporos foram desenvolvidos a partir de 2017, porém a quantidade de ascósporos produzidos in vitro ainda é baixa. O efeito da temperatura e do período de molhamento sobre a germinação de conídios já foi relatada, mas tais pesquisas com ascósporos ainda não foram realizadas. Adicionalmente, a reação de diferentes genótipos de citros inoculados com conídios já foi descrita na literatura, mas para os ascósporos permanece pouco conhecida. Portanto, o presente projeto terá como objetivos: i) estimar a temperatura mínima e máxima e otimizar a produção de ascósporos de P. citricarpa utilizando diferentes fotoperíodos e métodos de cruzamento; ii) avaliar o efeito da temperatura e do período de molhamento sobre a germinação in vitro dos ascósporos; iii) avaliar a reação de frutos de laranja 'Valência' de diferentes diâmetros inoculados com ascósporos em comparação com conídios; iv) avaliar o processo de penetração e colonização por meio dos ascósporos em frutos de laranja doce utilizando microscopia de fluorescência; v) avaliar a resistência/suscetibilidade de ancestrais/parentais, variedades comerciais e híbridos de citros inoculados com ascósporos ou conídios. Dois isolados de P. citricarpa de mating types compatíveis (MAT1-1 e MAT1-2) serão cruzados e incubados em temperaturas entre 10 e 30ºC para estimar a temperatura mínima e máxima para a ejeção de ascósporos. A produção de ascósporos também será avaliada em cinco períodos de luz (0, 8, 12, 16 24 horas) a 25ºC, bem como em cinco métodos de cruzamento. Os ascósporos serão coletados e quantificados semanalmente até 56 dias após os cruzamentos. A germinação de ascósporos será avaliada em temperaturas de 10 a 40ºC, até 48 horas de molhamento em suspensão contendo 2% de suco de laranja. Em casa de vegetação, frutos de laranja 'Valência' com diâmetros de 1,5 cm a 7,0 cm serão inoculados com ascósporos e conídios na concentração de 103 esporos/mL e os sintomas de pinta preta serão avaliados até a maturação final dos frutos. O processo de infecção e colonização por conídios e ascósporos será comparado por meio de microscopia de fluorescência. A avaliação dos diferentes genótipos de citros inoculados com ascósporos e conídios de P. citricarpa será realizada em parceria com o Deparment of Agriculture & Fisheries em Queensland, Austrália. O candidato solicitará a Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) para conduzir essa etapa do projeto. Com os resultados obtidos, espera-se aperfeiçoar o processo de produção de ascósporos, compreender melhor a influência de variáveis ambientais na germinação dos esporos de forma a gerar modelos que possam ser usados em sistemas de previsão da pinta preta, bem como descrever a resistência de diferentes espécies e híbridos de citros às infecções pelos dois inóculos de P. citricarpa.