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Avaliando os impactos potenciais diretos e indiretos da urbanização sobre as comunidades de aves e mamíferos da Mata Atlântica

Processo: 25/00227-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia de Ecossistemas
Pesquisador responsável:João Carlos de Castro Pena
Beneficiário:Mariana Corrêa Azevedo
Instituição Sede: Centro de Estudos Ambientais (CEA). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/17971-0 - Abordagens ecológicas para avaliar padrões de biodiversidade e serviços ecossistêmicos em paisagens urbanas, AP.JP
Assunto(s):Ecologia urbana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:biodiversity dimensions | intraspecific trait variation | urban expansion | Ecologia Urbana

Resumo

A urbanização causa impactos profundos na biodiversidade. Impactos diretos, como perda de habitat e poluição sonora e atmosférica, são conhecidos por levar a alterações em todas as dimensões da biodiversidade (taxonômica, funcional e filogenética). Assim, áreas altamente urbanizadas são geralmente habitadas por um número reduzido de espécies filogeneticamente próximos que compartilham características funcionais generalistas. No entanto, vários impactos relacionados à urbanização ultrapassam os limites das cidades (impactos indiretos), levando a consequências negativas sobre organismos que habitam manchas de vegetação a quilômetros de distância da paisagem urbana mais próxima. A extração madeira e a caça ilegal, além da a poluição atmosférica e sonora podem ser influenciadas pela proximidade com áreas urbanizadas e afetar comunidades biológicas. Além disso, as paisagens urbanas oferecem condições únicas para organismos que habitam cidades, o que pode levar à variação intraespecífica de características morfológicas entre indivíduos que habitam regiões sob influências de diferentes intensidades de urbanização. Atualmente, aproximadamente 70% da população humana brasileira vive dentro dos limites do bioma Mata Atlântica, um hotspot de biodiversidade. À medida que a população cresce, maiores se tornam as paisagens urbanas, aumentando os impactos do processo de urbanização sobre a biodiversidade já ameaçada. No entanto, pouco se sabe sobre como os impactos indiretos da urbanização podem influenciar as diferentes dimensões da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira. Além disso, há uma grande lacuna de conhecimento sobre as influências da urbanização na variação de características intraespecíficas. Portanto, este projeto visa preencher essas lacunas avaliando os impactos potenciais diretos e indiretos da urbanização nas comunidades de aves e mamíferos da Mata Atlântica. Usaremos milhares de registros georreferenciados sobre comunidades de aves e mamíferos disponíveis na literatura publicada (como os dados presentes na coleção Atlantic da revista Ecology). Usando dados geoespaciais públicos sobre urbanização e infraestrutura humana na Mata Atlântica, produziremos superfícies descrevendo os impactos diretos e indiretos da urbanização no bioma. Aplicaremos abordagens de modelagem para avaliar as relações entre métricas que descrevem a intensidade da urbanização e as diferentes dimensões da biodiversidade das comunidades biológicas. Também avaliaremos se o nível de urbanização pode descrever a variação de características intraespecíficas entre os indivíduos. Esperamos que, à nível de comunidade, áreas altamente urbanizadas sejam habitadas por espécies filogeneticamente relacionadas que compartilham características funcionais generalistas, por exemplo, uma proporção menor de espécies florestais e uma proporção maior de espécies onívoras. Além disso, esperamos que indivíduos coespecíficos em áreas altamente urbanizadas apresentem características morfológicas diferentes daqueles de áreas mais preservadas, descrevendo estratégias adaptativas para lidar com os desafios ambientais da urbanização. Esperamos fornecer insights importantes sobre como planejar a preservação, a ocupação e a restauração de áreas da Mata Atlântica brasileira sob uma perspectiva de ecologia urbana, reduzindo os impactos do processo de urbanização neste hotspot de biodiversidade.

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