O social como elemento para pensar a pobreza: por que não há cooperação em favor dos pobresr?

• Processo: 25/00737-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
• Data de Início da vigência: 20 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 19 de dezembro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - Ética
• Pesquisador responsável: Hélio Alexandre da Silva
• Beneficiário: Matheus de Vilhena Moraes
• Supervisor: Franck Fischbach
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França
• Vinculado à bolsa: 24/04839-0 - Cooperação social como crítica do dever: análise sobre os limites de uma teoria cosmopolita de combate à pobreza, BP.MS
• Assunto(s): Filosofia social Pobreza
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cooperação Social | Filosofia Social | Franck Fischbach | Normatividade | pobreza | Filosofia política e social

Resumo

O presente projeto busca desenvolver uma proposta teórica fundamentada na obra de Franck Fischbach acerca da necessidade de repensar o conceito de "social" para enfrentar o problema da pobreza. Partindo das perspectivas apresentadas em "Manifeste pour une philosophie sociale" e "Le sens du social: les puissances de la coopération", a pesquisa visa explorar o social como o campo dinâmico onde emergem relações intersubjetivas e imaginações normativas. Diferente de uma abordagem que reduz o social a questões institucionais, propõe-se analisá-lo enquanto realidade histórica impregnada de normatividade e cooperação, capaz de fundamentar práticas emancipatórias. Sob a orientação de Fischbach e com base em discussões promovidas no Centre d'histoire des philosophies modernes de la Sorbonne, este trabalho se propõe a investigar as tensões entre o social existente e o desejável, destacando como a cooperação pode transformar estruturas opressivas e ressignificar dinâmicas sociais. Para tanto, será utilizada uma metodologia que combina análise estrutural e crítica, explorando não apenas as condições atuais da pobreza, mas também as limitações das abordagens institucionais tradicionais. O projeto defende que a superação do problema requer ir além de reformas normativas e redistributivas, enraizando soluções em práticas sociais concretas que ampliem o horizonte político e ético da cooperação. Assim, espera-se que a pesquisa contribua para uma abordagem política mais radical e integrada, capaz de abordar as contradições presentes na coexistência de igualdade formal e desigualdade estrutural, conectando teoria social, prática cooperativa e transformação política. A pergunta proposta para conduzir a pesquisa é: como o conceito de social, entendido como o espaço de imaginação normativa e de cooperação, pode contribuir para uma abordagem política emancipatória que enfrente o problema da pobreza para além das reformas institucionais?