Afinando silêncios: gênero e moralidades na Comissão da Verdade e Reconciliação Sul-Africana

• Processo: 24/17396-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Laura Moutinho da Silva
• Beneficiário: Maria José Iachinski
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 23/08413-4 - Condições (in)suportáveis: imperativos burocráticos, espaços, sujeitos e relações no Sul da África, AP.R
• Assunto(s): África do Sul Comissão Nacional da Verdade Gênero Marcadores sociais da diferença Testemunho
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: África do Sul | Antropologia e Regimes de Moralidade | Comissão da Verdade | Gênero | Marcadores sociais da diferença | Testemunho | Marcadores Sociais da Diferença

Resumo

O projeto de mestrado tem como objetivo analisar os testemunhos que as mulheres, vítimas do apartheid, deram à Comissão da Verdade e Reconciliação (Truth and Reconciliation Commission/TRC) sul-africana a partir de um olhar que priorize a intersecção entre as moralidades envolvidas nesse processo jurídico e a categoria gênero. O apartheid, regime em vigor na África do Sul até 1994, construiu uma lógica jurídica de base racial que definiu diferentes tipos de cidadania. A TRC, por sua vez, buscou dar voz às pessoas que vivenciaram o regime a partir de audiências públicas, nas quais o perdão e a reconciliação - categorias iminentemente morais - se tornaram palavras-chave numa economia política que visava unir o país. Procurarei identificar como as distintas moralidades foram agenciadas pelos sujeitos envolvidos nesse processo jurídico; e como as mulheres, mais especificamente, mobilizaram, em seus testemunhos, as diversas esferas da linguagem em paralelo à imanência moral da TRC.