Maternidade de algas: desenvolvimento de cordas semeadas de macroalgas vermelhas nativas

• Processo: 25/05357-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - Aquicultura
• Pesquisador responsável: Felipe Pereira de Almeida Cohen
• Beneficiário: Nuno de Oliveira Tavares Alves Martins
• CNAE: Aqüicultura em água salgada e salobra
• Vinculado ao auxílio: 24/08008-5 - Maternidade de algas: desenvolvimento de cordas semeadas de macroalgas vermelhas nativas, AP.PIPE
• Assunto(s): Sistemas de cultivo Maricultura Reprodução Rhodophyta
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cultivo | Maricultura | Reprodução | Rhodophyta | Cultivo de macroalgas

Resumo

A Urbansea visa desenvolver cordas semeadas com macroalgas vermelhas nativas para o mercado de maricultura. Atualmente, os maricultores no Brasil têm uma dor na falta de mudas para iniciar os cultivos de algas no mar. Os bancos naturais de algas, para coleta de mudas, estão escassos e não há empresas produzindo mudas comercialmente. Assim, os maricultores de algas nativas estão parando a atividade ou mudando para o cultivo de algas exóticas. Porém, para desenvolver e fortalecer a cadeia de produção de algas, será fundamental diversificar as espécies produzidas e focar em mercados emergentes mais valorizados. As cordas semeadas com mudas de algas permitirão, a médio prazo, fomentar a maricultura de algas nativas para ser uma atividade perene e diversificada, permitindo o desenvolvimento sustentável da atividade no Brasil. Para uma produção viável desse material, será necessário testar técnicas que utilizem pouca biomassa inicial de algas, como a decorrente de esporulação (liberação de esporos) e a micropropagação (fragmentação do talo) para fixação nas cordas. A escassez de estudos com espécies nativas, para esse fim, representa um desafio tecnológico a ser superado. Assim, iremos realizar testes com liberação e fixação de esporos nas cordas e testes com micropropagação, usando a alga vermelha Gracilaria caudata como modelo. As cordas com mudas e os microfragmentos serão cultivados em aquários, frascos e tanques em diferentes condições para a avaliação da fixação (uniformidade e adesão à corda), sobrevivência, e crescimento das mudas. Ao avaliar o mercado potencial, estimamos que os produtores de macroalgas representam um mercado endereçável acessível (SAM, sigla em inglês) de cerca de 2,5 milhões de reais/ano. Considerando que esse produto poderá também ser utilizado em sistemas integrados com camarões e moluscos, bem como em projetos sociais com comunidades de pescadores, o mercado total endereçável (TAM, sigla em inglês) é estimado em cerca de 100 milhões de reais/ano. A Urbansea possui uma equipe diversificada, com área técnica especializada em aquicultura e cultivo de algas nativas, e área de gestão e administração, o que a torna capaz de lidar com as demandas do desafio proposto. Assim, iniciaremos essa proposta em um nível de maturidade tecnológica (TRL, sigla em inglês) 1 e pretendemos finalizar em TRL 4, em que o produto "cordas semeadas com macroalgas vermelhas nativas" já terá sido testado experimentalmente em laboratório e poderá entrar em fase de MVP (produto mínimo viável).