Aplicação de biomarcadores de desregulação endócrina em Zebrafish: Uma abordagem com múltiplos endpoints para a avaliação dos efeitos do Diflubenzuron e Piriproxifen

• Processo: 25/07127-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Patologia Animal
• Pesquisador responsável: Bruno Fiorelini Pereira
• Beneficiário: Rafaella da Silva Brito
• Supervisor: Lisa Baumann
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas (ICAQF). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Diadema. Diadema , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University Amsterdam (VU), Holanda
• Vinculado à bolsa: 23/09884-0 - Análise dos efeitos histopatológicos e de desregulação endócrina na exposição crônica ao Diflubenzurom e ao Piriproxifen no modelo experimental Danio rerio, BP.DR
• Assunto(s): Danio rerio Diflubenzuron Ecotoxicologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Danio rerio | Diflubenzuron | embriotoxicidade | Piriproxifen | Ecotoxicologia

Resumo

Reguladores de crescimento de insetos são amplamente utilizados na agricultura, medicina veterinária, aquicultura e no controle de vetores de mosquitos. O controle de larvas de mosquito em ambientes aquáticos depende de larvicidas como o diflubenzurom (DFB) e o piriproxifeno (PPF), que atuam no desenvolvimento dos insetos por meio da inibição da síntese de quitina e da metamorfose. Embora eficazes para o controle de vetores, esses compostos podem representar riscos significativos para organismos aquáticos não-alvo, especialmente peixes, devido ao potencial de desregulação endócrina e efeitos neurotóxicos. Este estudo utiliza uma plataforma abrangente com zebrafish (Danio rerio) transgênicos para avaliar sistematicamente os impactos ecotoxicológicos da exposição ao DFB e ao PPF em diversos sistemas biológicos. O delineamento experimental incorpora Três linhagens transgênicas: Tg(tg:mCherry) para avaliar o desenvolvimento dos folículos tireoidianos, Tg(vtg1:mCherry) para detectar atividade estrogênica, e a nova linhagem tripla Tg(eno2:Cerulean, gfap:mCherry, mbp:citrine) para monitorar simultaneamente neurônios, astrócitos e oligodendrócitos com o objetivo de detectar efeitos neurotóxicos. As metodologias incluem testes padronizados de toxicidade em embriões de zebrafish (0,025-10 mg/L), análises morfológicas quantitativas (insuflação da bexiga natatória, tamanho/densidade dos folículos tireoidianos), exame histopatológico detalhado das camadas da retina e estruturas cerebrais, quantificação por qPCR de genes do eixo HPT e marcadores do sistema visual, além de ensaios comportamentais de alta capacidade utilizando um dispositivo automatizado de rastreamento de comportamento (ZebraBox, Viewpoint). Essas concentrações foram selecionadas com base em estudos anteriores do nosso grupo e nos limites de solubilidade de ambas as substâncias, sendo utilizadas para definir os níveis basais de toxicidade nas linhagens transgênicas. Os resultados esperados incluem: (1) caracterização do potencial de desregulação do sistema hormonal tireoidiano do DFB e do PPF por meio da insuflação prejudicada da bexiga natatória, alterações na morfologia dos folículos tireoidianos e no desenvolvimento ocular; (2) avaliação da atividade estrogênica por meio de alterações na expressão de vitelogenina; (3) análise da toxicidade no neurodesenvolvimento pela quantificação de alterações em marcadores neuronais, astrocitários e oligodendrocitários; e (4) identificação de possíveis correlações entre alterações moleculares e déficits comportamentais. A integração desses modelos transgênicos avançados com endpoints moleculares e fenotípicos proporcionará resultados importantes para a compreensão dos mecanismos de toxicidade do DFB e do PPF. (AU)