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Caracterização molecular de padrões de expressão alelo-específicos de YY1 em mulheres diagnosticadas com a síndrome Gabriele-de Vries

Processo: 25/04380-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 14 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 01 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Humana e Médica
Pesquisador responsável:Ana Cristina Victorino Krepischi
Beneficiário:Bianca Mie Sato Kurashima
Supervisor: Rafael Martins Galupa
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Centre de Biologie Intégrative de Toulouse (CBI Toulouse), França  
Vinculado à bolsa:23/15506-9 - Investigação do efeito de variantes do gene YY1 no padrão de inativação do cromossomo X em mulheres, BP.IC
Assunto(s):Inativação do cromossomo X
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Expressão alelo-específica | inativação do cromossomo X | síndrome Gabriele-de Vries | Yy1 | inativação do cromossomo X

Resumo

A inativação do cromossomo X (X-chromosome inactivation - XCI) é um processo epigenético no desenvolvimento embrionário em fêmeas de mamíferos, que aleatoriamente silencia um dos cromossomos X para garantir a compensação de dose entre os dois sexos. Esse processo se inicia no centro de inativação do X (XIC) do futuro cromossomo X inativo (Xi), um locus regulatório do cromossomo X. O XIC abriga diversos genes de RNA não-codificantes, incluindo o XIST, cujos transcritos recobrem o futuro Xi e provocam sua heterocromatinização e inativação progressivas por meio de modificações epigenéticas. A proteína YY1 tem uma participação multifacetada nesse processo: ela ativa a transcrição de XIST e medeia o ancoramento dos transcritos de XIST na cromatina do Xi, potencialmente recrutando complexos de repressão/compactação da cromatina para estabelecer o silenciamento. Como resultado da XCI aleatória, as fêmeas desenvolvem duas subpopulações de células, cada uma expressando o X materno ou o paterno. As proporções dessas duas populações variam entre diferentes mulheres e seus tecidos, em uma faixa entre inativação balanceada (~50:50) e desvio total/inativação exclusiva de um dos cromossomos X (0:100). Nosso grupo de pesquisa identificou previamente uma variante patogênica de novo no gene YY1 (causa da síndrome Gabriele-de Vries) em uma mulher com desvio extremo de XCI. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo explorar a hipótese de que mutações de YY1 influenciam o padrão de XCI em pacientes do sexo feminino com a síndrome Gabriele-de Vries. Para testar essa hipótese no projeto de iniciação científica, foi analisado o padrão de XCI em três novos casos de síndrome Gabriele-de Vries, com detalhamento de seus fenótipos. Foram observadas várias características clínicas já descritas na literatura da síndrome, mas com notável heterogeneidade. Em amostras de sangue, detectamos desvio leve de XCI em amostras de sangue das três pacientes. Propomos a realização de estágio com bolsa BEPE (período de dois meses) para responder uma questão central: há expressão diferencial dos alelos de YY1 e XIST em pacientes mulheres com a síndrome Gabriele-de Vries? Para aprofundar essa questão, o estágio será desenvolvido em Toulouse, França, sob supervisão do Dr. Rafael Galupa, referência na pesquisa sobre o cromossomo X. Os objetivos são: (a) treinamento em análise de expressão alelo-específica por RTqPCR; (b) aquisição de dados qualitativos e quantitativos da expressão de de alelos selvagens e mutados de YY1 e de diferentes alelos de XIST em pacientes com a síndrome Gabriele-de Vries - se possível, outros genes ligados ao X expressos em sangue serão avaliados quanto à sua expressão; e (c) treinamento na técnica RNA-FISH, com o objetivo de analisar in situ a expressão de YY1 e XIST em estudos futuros. Ao integrar análises genéticas e epigenéticas, este estudo busca elucidar como variantes em genes associados ao processo podem modular padrões de XCI, oferecendo contribuições para a compreensão de seu potencial efeito na síndrome Gabriele-de Vries.

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