Financeirização da economia brasileira: elites, propriedade e intermediarios financeiros.

• Processo: 24/17054-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Julio Cesar Donadone
• Beneficiário: Julio Cesar Donadone
• Pesquisador Anfitrião: Ismail Er Turk
• Instituição Sede: Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University of Manchester, Inglaterra
• Assunto(s): Elite Financeirização Sociologia econômica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: capitalismos de índice | elites | financeirização | intermediários | investidores passivos | socilogia economica | sociologia ecônomica

Resumo

A financeirização envolve o papel crescente dos canais financeiros como padrão de lucro e implica mudanças estruturais, normativas e simbólicas significativas nos mercados e na sociedade. No entanto, a financeirização não é um processo homogêneo, unidimensional e linear, especialmente em economias emergentes. Para explorar essa questão para a realidade brasileira, este projeto examina a dinâmica da financeirização a partir de múltiplos níveis de análise. No nível macro, 1) Exploramos a dinâmica da elite financeira examinando o crescimento dos mercados de fundos de investimento e fundos negociados em bolsa no Brasil. 2) No nível meso, identificamos a mudança na participação acionária dos fundos de investimento em bolsa (ETFs) nas maiores empresas brasileiras. e 3) no nível micro, exploramos a expansão de robôs por corretores de investimento como uma das implicações da financeirização da vida econômica. A metodologia de pesquisa é exploratória, histórica e documental. Utilizamos dados descritivos e arquivos de diversas fontes. Utilizou-se como método de análise a análise descritiva, de redes sociais e narrativa. Os resultados indicam um aumento significativo no mercado de fundos de investimento, em especial, os fundos de câmbio (ETFs). Os ativos líquidos dos fundos de ETF cresceram expressivos 2.993,36% de 2004 a 2021 no Brasil. Os resultados sugerem uma expansão expressiva dos fundos negociados em bolsa (ETFs) como acionistas de empresas brasileiras. Os resultados também sugerem uma expansão de robôs e dispositivos tecnológicos por meio de corretoras de investimento, bancos e fintechs. O projeto pesquisa como os intermediários financeiros afetam a dinâmica da financeirização, aumentando a renda, a intermediação estrutural e gerando novas ideias no mundo financeiro. Em particular, o artigo destaca o enraizamento social das finanças e as redes e dispositivos sociais que moldam as práticas financeiras na realidade brasileira. (AU)