Globalização e Agricultura Modernizada: As Implicações Socioespaciais e Ambientais da Expansão do Agronegócio Globalizado no Cerrado Brasileiro

• Processo: 25/05091-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2026
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
• Pesquisador responsável: Ricardo Abid Castillo
• Beneficiário: Matheus Dezidério Busca
• Supervisor: Martin Coy
• Instituição Sede: Instituto de Geociências (IG). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University of Innsbruck, Áustria
• Vinculado à bolsa: 23/17695-3 - Macrorregiões Produtivas do Agronegócio Globalizado: os dois circuitos da economia agrária a exploração socioambiental no Cerrado., BP.DR
• Assunto(s): Agricultura familiar Desigualdades socioespaciais Geografia econômica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: agricultura familiar | Agronegócio Globalizado | Bioma Cerrado | Conflitos no campo | Desigualdades socioespaciais | Geografia Econômica

Resumo

O desenvolvimento do agronegócio globalizado foi caracterizado, desde a década de 1960, como uma modernização conservadora da agricultura. Entretanto, devido ao fato de que esse modelo de produção se assenta sobre as desigualdades técnicas, econômicas, sociais e fundiárias, podemos dizer que a essa modernização é também socialmente desigual e especialmente seletiva. Em outras palavras, apenas podem se integrar ao agronegócio globalizado aquelas agentes que possuem grau de capitalização capaz de financiar os pacotes biotecnológicos inerentes à produção, além do fato de que não são todas as áreas que interessam ao agronegócio, apenas aquelas com alto potencial agricultável, como as chapadas do bioma Cerrado. Nesse sentido, à medida que as áreas de produção do agronegócio globalizado avançam sobre esse bioma - principal região produtora de grãos do país (soja, milho, algodão, café, entre outras) -, diversas contradições a acompanham. As novas áreas de fronteia agrícola, localizadas nos contatos entre os biomas Amazônia e Cerrado (Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Pará e Maranhão) veem o aumento dos conflitos no campo decorrentes da imposição de uma nova divisão territorial do trabalho e da exploração socioambiental daqueles espaços. Tendo isso em vista, o objetivo principal desse projeto de estágio de pesquisa no exterior é analisar e debater as implicações socioambientais ligadas à expansão do agronegócio globalizado, e seus conflitos decorrentes, nas novas áreas de fronteira agrícola do Cerrado a partir de uma abordagem geográfica da ecologia política crítica.