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Eucaristia e construção social: mudanças nas relações entre as comunidades latina e grega a partir das querelas berengariana e azimista (século XI)

Processo: 24/21382-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
Pesquisador responsável:Neri de Barros Almeida
Beneficiário:Diego Aparecido de Souza Pereira
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/02912-3 - Uma história conectada da Idade Média: comunicação e circulação a partir do Mediterrâneo, AP.TEM
Assunto(s):Comunidades   História medieval
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Comunidades | Controvérsia azimista | Controvérsia eucarística | História Conectada | História Medieval

Resumo

Durante a segunda metade do século XI (1049-1079), duas querelas agitaram o pensamento eclesiástico. Em uma delas, o arcediago de Angers, Berengário, defendia uma interpretação real, mas não corpórea da presença de Cristo na eucaristia. Na outra, clérigos latinos e gregos redescobriam antigas diferenças e debatiam, especialmente, o tipo de pão utilizado na celebração eucarística. Ainda que em contextos diferentes, as querelas berengariana (1049-1079) e azimista (1053-1054) colocaram em jogo a interpretação e a liturgia do sacramento do altar, presença fundamental no cotidiano das sociedades cristãs do período. As controvérsias renderam condenações de parte a parte, sendo o chamado Cisma do Oriente, em 1054, a mais importante. Embora contemporâneas, tais disputas foram majoritariamente estudadas como fenômenos separados. Este projeto propõe um novo olhar a respeito das relações entre as comunidades grega e latina a partir do estudo conectado das querelas, que compartilharam não apenas o tema em disputa, mas também diversos personagens. O mais proeminente deles, Humberto de Silva Candida, foi o responsável pelas excomunhões do patriarca de Constantinopla Miguel Cerulário, em 1054, e do arcediago Berengário, em 1059. Pretendemos identificar e compreender as ideias de comunidade em questão tendo em vista o caráter fundante da comunidade cristã que a eucaristia assume ainda mais fortemente no período e a maneira como o jogo entre interesses políticos, debate teológico, conceito de comunidade e conflito se relacionam a processos concretos de transformação e instauração de comunidades. A análise será possível por meio dos tratados teológicos produzidos no período, de documentos conciliares e do mapeamento das redes epistolares dos principais agentes envolvidos.

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