Insegurança alimentar e vestígios arqueológicos na gália do norte (séculos vii a xi)

• Processo: 25/08561-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
• Data de Início da vigência: 24 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 23 de março de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Arqueologia - Arqueologia Histórica
• Pesquisador responsável: Marcelo Cândido da Silva
• Beneficiário: Milena Faboci Spadafora
• Supervisor: Dumezil
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Université Paris-Sorbonne (Paris 4), França
• Vinculado à bolsa: 24/18030-8 - Insegurança alimentar e vestígios arqueológicos na gália do norte (séculos vii a xi), BP.MS
• Assunto(s): Fome Insegurança alimentar
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arqueologia Medieval | Fome | Gália do Norte | Gestão de alimentos | Insegurança Alimentar | situação alimentar | História e Arqueologia Medieval

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo estudar a situação alimentar e sanitária da população da alta Idade Média com base na análise de 11 sítios arqueológicos no norte da Gália entre os séculos VII e XI. Tendo em mente a longa tradição historiográfica de estudos sobre a fome na Idade Média, a pesquisa introduz novas abordagens analíticas e terminologias recentes na área, como um dos termos-chave da pesquisa: Insegurança Alimentar. Durante os séculos VIII a X, houve um aumento no número de menções à fome em fontes escritas e, ao mesmo tempo, um aumento no volume e na quantidade de estruturas de produção e armazenamento de alimentos. Partindo desse problema inicial, os objetivos da pesquisa residem em explorar quais poderiam ser as possíveis razões pelas quais isso poderia ter ocorrido; e como a escassez de alimentos e as disparidades no acesso a alimentos são evidenciadas arqueologicamente. Tal análise levará em conta os dados fornecidos pelos relatórios de escavação selecionados, tais como: estruturas de processamento e armazenamento de alimentos (moinhos, fornos, silos, celeiros, etc.), dados carpológicos e zooarqueológicos, e análises paleopatológicas de sepulturas (por meio de marcadores de estresse ósseo e dentário), buscando uma perspectiva mais geral desses assentamentos que leve em conta uma variedade de elementos presentes neles. Inserindo-se no quadro da pesquisa sobre fome e resiliência em comunidades pré-modernas, o objetivo é compreender como essas sociedades reagiram a tais episódios de deficiências e crises alimentares, e como isso poderia se combinar com o estado sanitário produzindo uma sinergia de efeitos arqueologicamente visíveis. (AU)