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Agricultura conservacionista em sistemas socioecológicos: adaptação climática no contexto de agricultoras familiares do Vale do Ribeira

Processo: 25/11006-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2027
Área de conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Gustavo Fonseca de Almeida
Beneficiário:Laura Martins de Carvalho
Instituição Sede: Centro de Ciências da Natureza (CCN). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Campus de Lagoa do Sino. Buri , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/12346-0 - Construindo resiliência: como a agricultura conservacionista pode ajudar as agricultoras familiares no Brasil e na Nigéria a se adaptarem às mudanças climáticas, AP.R
Assunto(s):Desenvolvimento humano   Organizações sociais   Vale do Ribeira (SP)   Agricultura sustentável
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Agricultura conservacionista | desenvolvimento humano | Inovações Sociais | Organizações Sociais | Vale do Ribeira | Agroecologia

Resumo

O Vale do Ribeira, localizado entre os estados de São Paulo e Paraná, é uma região de alta relevância socioambiental, abrigando comunidades tradicionais (quilombolas, caiçaras e agricultores familiares) em meio a um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do Brasil. No entanto, essas populações enfrentam desafios crescentes devido às mudanças climáticas, como secas prolongadas, enchentes e alterações nos ciclos agrícolas, que ameaçam sua segurança alimentar e modos de vida (Jornal da USP, 2024). Nesse contexto, as mulheres rurais desempenham um papel central na gestão dos recursos naturais, na preservação de saberes tradicionais e na adaptação às crises ambientais decorrentes das mudanças climáticas. Porém, suas contribuições frequentemente são invisibilizadas, e suas vulnerabilidades são agravadas por desigualdades de gênero, como falta de acesso à terra, crédito e participação em decisões comunitárias. As agricultoras familiares do Vale do Ribeira desenvolvem suas atividades em sistemas socioecológicos complexos, onde os elementos naturais, culturais e produtivos se entrelaçam de forma indissociável. Como guardiãs de saberes tradicionais sobre manejo agrícola, essas mulheres desempenham um papel fundamental na manutenção da coesão social de suas comunidades, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios multidimensionais - desde os efeitos das mudanças climáticas até a exclusão de políticas públicas essenciais e dificuldades crônicas de acesso a serviços básicos como saúde, educação e infraestrutura rural. Neste contexto, surge uma questão central para a pesquisa: "Como as práticas de agricultura conservacionista, enquanto elementos constitutivos dos Sistemas Socioecológicos (SSEs) no Vale do Ribeira, (re)configuram estratégias de adaptação climática lideradas por agricultoras familiares, considerando suas dimensões culturais, sociais e políticas?" Esta indagação busca compreender não apenas as técnicas agrícolas em si, mas principalmente como elas se articulam com os saberes locais, as relações comunitárias e as estratégias de resistência desenvolvidas por essas mulheres para garantir seus modos de vida, segurança alimentar e saúde frente às transformações ambientais e sociais em curso. O estudo proposto reconhece que a adaptação climática neste território não pode ser entendida como um processo meramente técnico, mas como uma construção social profundamente enraizada nas dinâmicas culturais e na organização comunitária liderada pelas mulheres rurais. (AU)

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