Influência da diversidade genética no cultivo in vitro de fibroblastos em espécies de araras

• Processo: 24/20352-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Reprodução Animal
• Pesquisador responsável: Ricardo Jose Garcia Pereira
• Beneficiário: Julia Roismann
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Cultura de células Endogamia Fibroblastos Reprodução Psitaciformes
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cultivo celular | Endogamia | Fibroblastos | Psitaciformes | Reprodução | Reprodução de aves

Resumo

De todas as aves identificadas no mundo, atualmente cerca de 12,1% estão ameaçadas de extinção. No Brasil, elas representam o segundo grupo mais diverso de vertebrados com quase 2000 espécies identificadas, das quais 264 espécies são endêmicas e 154 consideradas ameaçadas. Com fatores como a perda de habitat, escassez de alimentos, tráfico ilegal, entre outros, há uma preocupação crescente com a acentuada perda de variabilidade genética dessas populações. Programas envolvendo a reprodução ex situ e a criação de criobancos de células e material genético são iniciativas cruciais para minimizar esses prejuízos. Este estudo tem o objetivo de investigar a relação entre diversidade genética (DG) e o fenótipo de fibroblastos em espécies que apresentam diferentes gargalos populacionais, tanto in situ quanto ex situ [Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) que apresenta boa DG, Arara-azul-de-Lear (Anodorhynchus leari) que apresenta DG intermediária e Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) que apresenta baixíssima DG]. Os fibroblastos serão obtidos a partir dos cálamos de penas em crescimento, uma abordagem minimamente invasiva que facilita a criação de criobancos de material genético destas espécies ameaçadas. Acreditamos que taxas elevadas de endogamia, resultantes dos afunilamentos populacionais ao longo do tempo, afetam negativamente as características celulares dos fibroblastos (proliferação, estresse e viabilidade celular), conectando perda de diversidade genética a fenótipos celulares através de mecanismos funcionais. Esses resultados serão capazes de informar estratégias de biobancos para a conservação dessas espécies ameaçadas. (AU)