ARQUIVAR A ARTE; TRADUZIR O ARQUIVO:¿Uma abordagem arquivística da arte contemporânea (e suas curadorias)

• Processo: 25/08412-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Artes - Fundamentos e Crítica das Artes
• Pesquisador responsável: Vinicius Pontes Spricigo
• Beneficiário: Vinicius Pontes Spricigo
• Pesquisador Anfitrião: Felix Vogel
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Universität Kassel, Alemanha
• Assunto(s): História da arte
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arquivos de arte contemporânea | Conceitualismo | Curadoria de arte contemporânea | Documenta de Kassel | Harald Szeemann | Historiografia do contemporânea | História da Arte

Resumo

A minha abordagem "arqueológica" das mega exposições recorrentes de arte tem como referência a história da Bienal de São Paulo. Nos últimos quinze anos, eu tenho publicado extensivamente sobre a exposição em livros e periódicos brasileiros e internacionais. O estudo da Bienal me permitiu colocar em perspectiva crítica políticas de arquivos e abordagens curatoriais contemporâneas, bem como a geopolítica do conhecimento inerente às genealogias existentes no campo da história das exposições. De modo crítico aos processos de reescrita e globalização da história da arte, nos quais os estudos curatoriais e expositivos encontram lugar de destaque, a proposta de uma arqueologia esteve voltada às origens e transformações do modelo bienal e à emergência da figura do curador. De certa forma, esta nova proposta se articula ao redor das mesmas premissas, ao investigar as genealogias da arte contemporânea por meio do projeto curatorial de Harald Szeemann para a documenta 5. No entanto, a mudança do ponto de vista adotado, a partir de agora da exposição que talvez seja uma das mais estudadas e que assume uma posição central e canônica no paradigma atual, revela o interesse em lançar novas luzes sobre as análises existentes das práticas curatoriais e arquivísticas contemporâneas. Se hoje a atuação de curadores serve tanto ao paradigma das exposições quanto à historiografia da arte contemporânea, os arquivos se configuram como locais privilegiados para uma revisão crítica das narrativas que se articulam ao redor de exemplos como a documenta 5. Portanto, um estágio de pesquisa junto ao documenta institut e o documenta archiv, para além do acesso aos registos da documenta 5 remanescentes em Kassel, representa uma oportunidade ímpar para dar continuidade e ampliar o impacto do meu trabalho anterior, bem como abrir novas perspectivas de pesquisa e colaboração internacional no âmbito da história das exposições. (AU)