Para um Modelo Sistêmico-Funcional da Argumentação

• Processo: 24/15302-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2029
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística
• Pesquisador responsável: Paulo Roberto Gonçalves Segundo
• Beneficiário: Theodoro Casalotti Farhat
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Afiliação Argumentação Dialética Lógica Retórica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: afiliação | argumentação | Dialética | Linguística Sistêmico-Funcional | Lógica | Retórica | argumentação

Resumo

Este projeto desenvolverá, por meio da integração de perspectivas lógicas, retóricas, dialéticas e sociossemióticas, um Modelo Sistêmico-Funcional da Argumentação. Tal modelo permitirá a análise de práticas argumentativas a partir das três dimensões globais que organizam a Teoria Sistêmico-Funcional (TSF): instanciação, entendendo a argumentação ao longo de um continuum de generalidade sociossemiótica; estratificação, interpretando a argumentação em diferentes níveis de abstração linguageira; e metafunção, descrevendo os traços ideacionais, interpessoais e textuais da argumentação. A partir desse quadro, lançaremos preliminarmente a seguinte definição sistêmico-funcional da argumentação: a argumentação é, prototipicamente, um subpotencial de significação caracterizado por: (1) uma atividade sociossemiótica de orientação afiliativa; (2) um enviesamento sociométrico cooperativo ou conflituoso, voltando-se à negociação de posições e relações intersubjetivas e intergrupais; (3) padrões de realização ideacional definidos por estruturas lógico-retóricas direcionadas à justificação de um movimento nuclear epistêmico ou prático; (4) padrões de realização interpessoal ancorados em movimentos retórico-dialéticos de negociação e avaliação. Cada um desses quatro componentes gera um conjunto de questões e hipóteses a serem exploradas. Para isso, levaremos a cabo dois movimentos: por um lado, recorreremos a diferentes perspectivas, internas e externas à TSF, cujas categorias serão metatraduzidas em termos sistêmico-funcionais; por outro, tais elementos descritivos, teóricos e metodológicos serão continuamente testados por meio da análise, fundamentada pela TSF, de um corpus de vinte textos argumentativos centrados em uma controvérsia, mas variáveis em um conjunto de dimensões contextuais. Como resultado, esperamos produzir não somente um novo modelo, mas um espaço para a cooperação entre diferentes perspectivas sobre a argumentação enquanto prática sociossemiótica multifacetada. (AU)