Cuidadoras brasileiras em Portugal: trabalho, mundo digital e estereótipos

• Processo: 25/20676-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Urbana
• Pesquisador responsável: Igor José de Renó Machado
• Beneficiário: Badr Abou Dehn Pestana
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 25/07461-0 - Emigração brasileira e o mundo digital: imbricações etnográficas, AP.R
• Assunto(s): Etnografia digital
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Brasileiras em Portugal | etnografia digital | gênero e migração | Mulheres migrantes | Trabalho e cuidado | antropologia das migrações

Resumo

A presente pesquisa, inserida no projeto ampliado "Emigração brasileira e o mundo digital: imbricações etnográficas", tem como foco as cuidadoras brasileiras em Portugal. O estudo propõe investigar a intersecção entre o trabalho dessas mulheres, o uso intensivo do mundo digital para a busca de emprego e organização social, e os estereótipos que moldam suas experiências de vida e laborais no país. Esses estereótipos impactam a vida das imigrantes, desde uma imagem positiva do cuidado até uma agressiva sexualidade, resultando frequentemente na desvalorização da formação profissional e em pagamentos inferiores à média nacional, sendo um trabalho essencializado como um "dom natural" Pires et al. (2016). A metodologia será uma etnografia digital (Segata & Rifiotis, 2016) e clássica (Geertz, 1989), baseada na premissa do entrelaçamento do digital e do vivido. A coleta de dados utilizará métodos mistos, incluindo, portanto, o diário de campo e pesquisa em diversos campos digitais (WhatsApp, Facebook, Instagram, YouTube e outras plataformas relevantes). A pesquisa será concentrada em Lisboa, por ser o maior mercado para cuidadoras brasileiras em Portugal, mas também adotará uma perspectiva multissituada (Marcus, 2016) a fim de identificar como gênero, nacionalidade e condição migratória se interseccionam e moldam as trajetórias dessas mulheres, desde a sua inserção laboral até o acesso a direitos e cidadania.